"Em nome do grito" é a nova associação cultural de Bragança, que já integra um grupo de teatro, o “Grito Boémio”, que se encontra, de momento, a preparar duas peças, "A Lagarta Ofélia” para crianças e "Humor a Bordo” para adultos com estreia marcada para o dia 25 de Outubro no Auditório Paulo Quintela.

 

Foi fundada a 18 de abril, em Bragança, uma nova associação cultural. A 18 de maio, na passada sexta-feira, a recém-criada associação “Em nome do Grito” foi apresentada à Comunicação Social no Museu do Abade de Baçal, no dia em que, curiosamente, completou o seu primeiro mês de existência.

E porquê “Em nome do Grito”? O presidente da direção explica a origem de um nome que pretende como o próprio elucida “criar cultura”. “Se ouvirmos a palavra grito, levar-nos-á a querer sair de algum sítio e é um grito não de guerra, mas sim de apelo à cultura. É um venham”, decifra Ramiro Pires que espera com os restantes sete elementos que compõem a direção levar esta nova associação a bom porto.

“Em Nome do Grito” inclui um grupo de teatro, designado “Grito Boémio”, que tem já trabalho em carteira e objetivos bem definidos. O primeiro passa por desenvolver duas peças, uma para crianças, "A Lagarta Ofélia", e uma peça original com a duração de noventa minutos de nome “Humor a Bordo" com estreia marcada para o dia 25 de outubro no Auditório Paulo Quintela em Bragança.

Para além do teatro, a associação pretende, ainda, concretizar diversas outras atividades ligadas à cultura como, por exemplo, workshops, exposições, colóquios, tertúlias e encontros de poesia. No entanto, uma das questões mais prementes com a qual a associação se debate, neste momento, é conseguir, uma sede, uma casa, um espaço que possa chamar de seu.

Depois da associação ter sido acolhida e bem por instituições como os Bombeiros Voluntários de Bragança e a Escola Superior de Educação, onde os seus oito elementos puderam reunir e ensaiar, enquanto grupo de teatro, a verdade é que falta, efetivamente, um teto que torne tudo mais fácil, inclusive, o crescimento, o desabrochar da própria associação. “Temos de andar com os adereços, com os cenários às costas, de um lado para o outro e, realmente, quando temos as coisas no nosso sítio, na nossa concha, tudo se torna muito mais fácil e era isso que nós pretendíamos”, sustentou Ramiro Pires, para quem “ter uma chavinha” significa “estar à vontade e poder ensaiar” para, no fundo, a associação conseguir desenvolver um trabalho sério, metódico e culturalmente abrangente, no sentido de alcançar o maior número de pessoas possível. Em fim de conversa, o presidente da direção confidenciou à Comunicação Social que existe já uma reunião agendada com a vereadora da Cultura e da Educação, Fernanda Vaz Silva, com o intuito de verificar se existe a possibilidade da autarquia colaborar com a associação “Em Nome do Grito” na resolução desta questão.

 

Quem se queira inscrever como associado, a quota anual é de 12 euros e os potenciais interessados poderão fazê-lo através da página do grupo de teatro no facebook: https://www.facebook.com/gritoboemio/

 

E se o seu sorriso de orelha a orelha não denunciasse o quão entusiasmante é ser parte integrante e protagonista deste coletivo, dando-lhe início, as palavras de Tânia Brôco revelam um “orgulho imenso” por poder, finalmente, dar relevo ao sonho, entregando-se de corpo e alma a este projeto, ainda, em fase embrionária, mas que ela assume como essencial, do ponto de vista cultural, numa cidade como Bragança.

“Eu faço teatro desde pequenina, já participei em várias peças de teatro, já passei por várias associações e sempre foi um objetivo meu pertencer a alguma coisa que fosse criada por mim e pelos meus colegas de raiz”, transmitiu a fundadora, tesoureira e atriz que, apesar de reconhecer que a associação é, ainda, “muito recente”, enaltece que, “no espaço de poucos meses, desde que começaram a trabalhar em outubro do ano transato, “já temos duas peças a andar e, quer a nível de sócios, quer a nível do reconhecimento público, está a ser tudo muito bom”, frisando, no entanto, que lhes “falta, efetivamente, uma sede”.

Quanto a expetativas, Tânia Brôco expressa que só o facto de “conseguir chegar a todos os tipos de público, conseguir transparecer emoções e energias, dando cor e alegria às pessoas e às suas vidas”, a deixaria extremamente realizada e feliz, até porque, exterioriza, “o teatro é das expressões artísticas mais bonitas da humanidade”.

“Só o facto de passarmos o dia a trabalhar com imensos problemas pessoais, familiares, profissionais e depois há o stress associado a tudo isso, que eu acho fundamental as pessoas poderem sair e aproveitar. E o nosso papel acaba por ser um bocadinho esse, tirar as pessoas da monotonia, dos problemas que as afligem, nem que seja só por um momento, e transportá-las para um mundo que não é real”, exprimiu Tânia Brôco, ciente da importância do teatro, bem como de outras artes, que funcionam para muitos como um escape à realidade.

 

 

CONSTITUIÇÃO DA DIREÇÃO:

 

Presidente da Direção – Ramiro Pires

Secretário – António Garcia

Tesoureira – Tânia Brôco

Presidente do Conselho Fiscal – António Mateus

Secretário do Conselho Fiscal – Mário Marcos

Presidente da Assembleia Geral – Filipa Padrão

Vice-Presidente da Assembleia Geral – Cátia Brôco

Secretária da Assembleia Geral – Márcia Ávila

 



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