Onze meses depois de terem arrancado as obras de ampliação, o Museu do Abade Baçal, em Bragança, reabre ao público no próximo dia 15. O equipamento cultural dispõe agora de três salas destinadas a exposições permanentes, que vão albergar mobiliário, faiança grande, nomeadamente da colecção Cagigal (das zonas de Viana do Castelo e Porto), uma sala com pintura polivalente, com quadros de Malhoa, Abel Salazar e um conjunto de cerca de 70 desenhos de Almada Negreiros, metade dos quais foram descobertos recentemente, entre outros.

Após a remodelação, o museu vai poder a realizar duas exposições temporárias, arrancando a temporada com duas mostras ligadas às festas dos rapazes, no ciclo de Inverno, com os rituais dos mascarados. O jardim também ganhou um novo desenho.

A remodelação do espaço museológico obrigou a um investimento de mais de um milhão de euros. Trata-se de uma reforma quase total, com melhoramentos ao nível da iluminação e climatização, cujas obras terminaram no final de Julho. \"Criou-se sobretudo mais espaço e mais salas para exposições\" referiu o director do museu, João Neto Jacob.

O museu foi fundado em 1915 e está instalado no antigo Paço Episcopal. Foi objecto de sucessivas de remodelações e obras de ampliação. O seu acervo é considerado rico. Integra desde a sua origem colecções de arqueologia e numismática, peças do recheio do Paço Episcopal, e ainda vários legados particulares, como os dos escritores Guerra Junqueira (natural de Freixo de Espada-à-Cinta) e Trindade Coelho (natural de Mogadouro). Em 2001, adquiriu uma colecção de máscaras transmontanas recolhidas no terreno.



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