O aeródromo de Vila Real vai ser alvo de uma intervenção que visa melhorar o serviço, e que numa primeira fase custará cerca de um milhão de euros. «Na segunda fase, que passa pela duplicação do comprimento da pista de 950 para cerca de 1800 metros, o investimento ainda não está contabilizado, uma vez que vai ser preciso negociar terrenos privados», explicou ao JN o presidente da Câmara Municipal, Manuel Martins.

Assim, em 2011 pretende-se que \\"já seja possível a aterragem de aviões com 50 ou 100 lugares, de forma a poder servir as populações de Vila Real e do Douro e os turistas que aqui se deslocam cada vez em maior número\\", acrescentou o autarca.

Até 2009, a primeira fase passa por obras no edifício da torre, parque de estacionamento, vedação anti-vandalismo de toda a área do aeródromo, expropriação dos terrenos na cabeceira norte, por questões de segurança e para ali construir um hangar para pequenos jactos, pintura da pista, limpeza de obstáculos e vegetação circundante, criação da carta de aproximação por GPS, plano de formação do pessoal do aeródromo e dos bombeiros destacados para serviço em caso de emergência, aquisição de uma estação meteorológica e software capaz de gerir todos os movimentos do aeródromo, entre outras coisas.

Segundo Henrique Baptista, responsável pela infra-estrutura, \\"o aeródromo não pretende se alternativa ao Sá Carneiro ou a Madrid, mas pretende servir bem as pessoas que vivem na região e que a visitam\\", acrescentando que \\"são já muitas as solicitações de jactos particulares e taxis aéreos que aqui se deslocam\\".

Um apoio importante tem chegado por parte dos investidores turísticos na região duriense. \\"temos recebido cartas dos proprietários dos resorts que estão a nascer a incentivarem a nossa aposta. Gostaríamos de conseguir financiamento comunitários, mas se tal não for possível. alguma coisa vai ter de esperar porque o aeródromo é uma prioridade\\", refere, ainda, Manuel Martins.

O aeródromo de Vila Real é servido por voos regulares (dois em cada sentido), da Aerocondor, entre aquela cidade e Lisboa, de segunda a sexta-feira. A concessionária recebe um incentivo do Poder Central de 1,5 milhões de euros anuais. O volume de passageiros não chega aos 2000 por ano, quando a expectativa para 2008, segundo estudos de 2002, era de 3500 passageiros anuais, e 6000 em 2021.



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