Entre "70 e 80%" dos trabalhadores da fábrica Faurecia, em Bragança, estão hoje em greve para reclamar melhores salários e uma avaliação mais justa, disse à Lusa o SITE-NORTE.

"Os trabalhadores estão cansados de ver aumentar os lucros e os salários não acompanharem esse crescimento", explicou o dirigente sindical Márcio Pinheiro.

Por isso, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE-NORTE) convocou, para hoje, uma greve.

Os trabalhadores exigem um "aumento salarial", mas também o fim das "avaliações" que determinam esse aumento de salário, porque consideram que os critérios são "injustos".

“Os critérios vão sofrendo várias alterações e, muitas vezes, essas alterações são comunicadas depois de estarem em vigor há já algum tempo", criticou Márcio Pinheiro, também colaborador da Faurecia.

No espaço de um mês, este é o segundo protesto: A 22 de julho, os trabalhadores também se reuniram à porta da fábrica, com as mesmas reclamações.

No entanto, segundo o dirigente sindical, a direção da empresa "não mostrou nenhuma vontade de reunir para resolver a situação", não havendo assim qualquer "acordo", levando os trabalhadores a fazerem novamente greve.

Márcio Pinheiro adiantou, à Agência Lusa, que as negociações têm sido difíceis.

"Falta sentarmos à mesa e ter uma boa negociação do caderno reivindicativo, que é algo que, com esta direção, está difícil", afirmou.

A Faurecia é uma fábrica de componente automóvel em Bragança, que dá emprego a cerca de 450 pessoas e é uma das maiores empregadoras da região.

Nos últimos anos, os trabalhadores têm vindo a fazer greves sucessivas, para reclamarem melhores salários e condições de trabalho.

O primeiro protesto na fábrica aconteceu apenas em julho de 2022.

A Lusa contactou a Faurecia, por escrito, mas até agora não obteve qualquer esclarecimento. 

Foto: Site-Norte 



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