A companhia Teatro em Movimento, de Bragança, onde trabalha um corpo de oito actores profissionais fixos e dois estagiários e ainda outros técnicos, viu-se, mais uma vez, excluída da lista de companhias teatrais apoiadas pelo Instituto Português de Artes e Espectáculos (IPAE).
Isto porque, segundo a nota que o júri do IPAE enviou ao TM, o projecto apresentado pela companhia demonstrava "uma consistência artística 'insatisfatória' e que o seu contributo para o desenvolvimento da criação e interpretação seria "pouco significativo" e que a sua capacidade de inovação seria "pouco relevante". O IPAE alegou ainda que falta à companhia "capacidade de realização artística e profissional. Bem como que o orçamento seria desadequado ao projecto apresentado e que estaria demonstrada "uma razoável capacidade de angariação de outras colaborações". Além disto, entendeu ainda aquele instituto público que o projecto da TM "não ser determinante para o desenvolvimento cultural e social, nem para o desenvolvimento e divulgação das dramaturgias contemporâneas ou para a renovação e sensibilização dos novos públicos".
Os argumentos do IPAE não convenceram, contudo, o grupo parlamentar do PCP na Assembleia da República, que através de um requerimento já enviado ao Ministério da Cultura, exigem que o Governo informe à cerca dos critérios que presidiram à escolha do júri do IPAE; como se processa a recolha de informações sobre os espectáculos das companhias concorrentes; quantas e quais companhias profissionais do nosso país apresentam o mesmo número de espectáculos e espectadores que o Teatro em Movimento [150 espectáculos nos concelhos do distrito e 30 fora e 40 mil espectadores anuais] e ainda qual a distribuição geográfica dos apoios concedidos este ano.



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