Brigadas de Protecção Ambiental realizaram, em Bragança, 82 acções de fiscalização e detectaram 15 casos de incumprimento que originaram sete autos de contra-ordenação.

São estas brigadas que agem junto de proprietários de terrenos abandonados em que a vegetação pode representar um perigo de incêndio, como é o caso vivido por uma família da zona histórica de Bragança, mesmo junto ao Museu do Abade Baçal.

Talvez por ser ainda um serviço relativamente recente, esta família desconhecia que existe há três anos uma brigada da PSP para tratar destas matérias, as Bripa, bastando para contactá-las ligar o 112.

Um incêndio é mesmo o maior receio da família de Maria José Rodrigues, que vive com a mãe de 83 anos, uma irmã e um irmão doente. O quintal contíguo tem a aparência de uma seara dourada pronta a ceifar, com a vegetação seca a cobrir todo o terreno onde foi também abandonada maquinaria velha.

O espaço pertence a um velho casario, composto por duas habitações construídas à base de madeira e agora em ruínas e abandonado.

\"Estamos num perigo enorme, aqui no meio da cidade\", desabafa Maria Dolores, que aos 83 anos teme pelas consequências do \"rastilho\" com que convive diariamente desde que \"há cinco ou seis anos\" toda a propriedade foi vendida a empreiteiros locais, que não terão conseguido construir o que pretendiam, pelas restrições na zona histórica.

O casario e o quintal abandonado são também, segundo os moradores, focos de pragas como mosquitos e ratos que \"parecem coelhos\" e que já roeram o circuito eléctrico a uma viatura da família.

Segundo explicou à Lusa o comandante da PSP, Amândio Correia, quando detectam situações de incumprimento, as Bripa notificam os proprietários, dando um prazo legal de seis dias para resolverem a situação.

Se o proprietário não cumprir, é enviado o auto de contra-ordenação à Câmara Municipal, a quem compete aplicar as coimas e que pode substituir-se aos proprietários na limpeza, reclamando posteriormente os custos.

As principais situações de infracção detectadas, em Bragança, prendem-se com casas devolutas, lotes para vivendas que ainda não foram construídas ou terrenos sem uso que vão ficando entre as construções.



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