O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes terminou sábado em Mirandela, o primeiro roteiro «Mudar Portugal» encorajado pela receita de um autarca social democrata para vencer os adversários internos e o Governo socialista.

O presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano, apresentou ao líder do partido a receita com que disse ter já obtido várias vitórias para o seu concelho.«Seja mais crítico», pediu Silvano a Menezes, garantindo que com «crítica, contestação e determinação» conseguirá obter resultados.

O presidente da Câmara de Mirandela colocou um cartaz na via rápida IP4, que liga a fronteira ao Porto, a dizer «Aqui acaba Portugal» perante a ameaça de perda de serviços públicos.

Seguiram-se várias manifestações e protestos e Mirandela perdeu apenas a maternidade, quando tinha em risco também a PSP, o tribunal, a urgência médico-cirúrgica e a direcção regional de agricultura.

«Quando o Governo vê determinação, recua, recua, recua», disse o autarca social-democrata, que pediu também a Menezes para «não ligar nada às críticas».

«Faça mais críticas», aconselhou Silvano, que é um dos mais destacados dirigentes regionais do PSD.

O autarca lembrou o exemplo de Cavaco Silva que «não passava na Comunicação Social» quando chegou ao partido.

«Fez o que o nosso líder está a fazer hoje, fez-se à estrada, falou com as pessoas e a Comunicação social teve de ir atrás dele», prosseguiu o autarca de Mirandela.

O encorajamento ao líder foi reforçado por cerca de 2.000 militantes e simpatizantes que encheram o pavilhão do Inatel de Mirandela, naquela que foi a última iniciativa de Menezes em dois dias no Distrito de Bragança.

O presidente do PSD formalizou a filiação de 20 novos militantes, a somar aos cerca de 3.500 do Distrito, no âmbito de uma campanha nacional de angariação.

Entre os novos militantes «apadrinhados» pró-Menezes encontra-se o ex-presidente da distrital de Bragança do CDS-PP, Mário Mesquita, que se afastou do partido em desacordo com Paulo Portas.

Menezes disse ter constatado neste primeiro roteiro a existência de «dois países e dois partidos: um pequeno partido das divisões, querelas e da intriga e um país e um partido real e mobilizado».

O presidente do PSD disse que é com este partido que conta. «Não conto com os que só querem aparecer na fila de espera na noite das eleições em caso de vitória», declarou.

Menezes disse ainda que «há quem não goste das regras», mas com ele «as bases, quem está nas regiões é quem vai decidir e escolher», nomeadamente candidatos a eleições.

Já a pensar nas autárquicas, o líder social democrata exortou os actuais presidentes de câmara do Distrito de Bragança a recandidatar-se.

O partido gere oito dos 12 municípios do Nordeste Transmontano e o líder disse estar disponível para em breve regressar à região para apresentar «candidatos vencedores» às câmaras onde ainda não lidera.



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