Os pais do Distrito de Bragança já podem assistir ao nascimento dos filhos, um momento que até há pouco tempo lhes era negado por falta de condições nas salas de partos, disse hoje fonte hospitalar.
Assistir ao parto só foi possível ao pai ou acompanhante da grávida desde a junção das duas salas de partos do Distrito na maternidade de Bragança.

Segundo disse à Lusa o director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE), Sampaio da Veiga, esta possibilidade resulta da «melhoria nas condições e qualidade dos serviços».

Depois do encerramento da sala de partos de Mirandela faz na próxima terça-feira um ano, a 11 de Setembro, a maternidade de Bragança passou a concentrar os partos do Distrito.

De acordo com o director clínico para a junção dos serviços foram criadas duas salas autónomas de partos que substituíram a anterior, onde se estivessem a ocorrer dois partos em simultâneo já não era permitida a presença de acompanhantes para privacidade das parturientes.

Além destas salas existe agora uma outra com três camas de dilatação que, de acordo com o director clínico, permitem a realização de um maior número de partos em simultâneo.

Segundo Sampaio da Veiga, o CHNE está também a reforçar os serviços de obstetrícia e ginecologia, nomeadamente no acompanhamento da gravidez.

Desde Agosto que as grávidas do Distrito já não necessitam de se deslocar a Vila Real para fazer a ecografia do segundo trimestre, a chamada ecografia morfológica, que permite detectar anomalias no feto.

A junção das duas salas de partos permitiu também uma maior disponibilidade dos recursos humanos com os sete especialistas divididos por Bragança e Mirandela agora concentrados na única maternidade.

Esta concentração permite ter sempre dois obstetras no serviço e equipas disponíveis 24 horas por dia «com o repouso necessário para actuar em condições», segundo ainda aquele responsável.

O serviço de neonatologia tem também sempre disponível um pediatra, além de a maternidade contar ainda com um cirurgião-geral em presença física 24 por dias e um anestesista.

De acordo com Sampaio da Veiga, as grávidas têm já também a possibilidade de solicitar a epidural, embora ainda não existam condições para a utilização desta prática a 100%.



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