No ano lectivo passado, foram participadas à PSP de Bragança 60 ocorrências em escolas da cidade. As participações chegaram ao comando através dos dois agentes do Programa Polícia de Proximidade. A maioria dos casos estavam relacionadas com pequenos incidentes agressões e ameaças entre alunos, às vezes envolvendo os pais, furtos (telemóveis e pequenas quantias em dinheiro) e danos causados pelos estudantes.

Falta de assiduidade e comportamentos inadequados nas salas de aulas foram, também, motivo para queixas policiais. \"São pequenas coisas, como por exemplo, um aluno de nove anos que tinha vários problemas, demonstrava um comportamento desagradável na sala de aulas, acabando por influenciar os restantes\", explicou Dinis Pereira, subcomissário da PSP e responsável pelo Programa Polícia de Proximidade em Bragança.

O responsável pela Coordenação da Área Educativa (CAE), Alcidio Castanheira, garantiu, ao JN, que desconhecia aquele número, \"pelo que, as ocorrências não devem ser graves e devem ter sido resolvidos em família\". No CAE, apenas havia conhecimento de \"dois ou três casos fora dos portões das escolas\".

A Polícia de Proximidade tem aumentado o empenho para assegurar maior presença junto das escolas. \" Temos aumentado as visitas para sensibilizar os alunos para os problemas da segurança\", esclareceu o subcomissário. Foram realizadas sessões de esclarecimento com o apoio do Instituto da Droga e Toxicodependência, cujos técnicos acompanharam os agentes às escolas, para sensibilizar para o perigo da droga, álcool e tabaco.

O número de participações pode não ser alarmante, mas é, certamente, para ter em conta, tanto mais, que não se conhece a verdadeira dimensão do problema, também conhecido por \"bullying\".

A Sub-Região de Saúde quer saber o que se passa na realidade e vai avançar com um diagnóstico da situação no distrito. Vão, por isso, realizar-se inquéritos nas escolas, após o que será realizado um programa de intervenção com os estabelecimentos de ensino interessados.



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