Repovoamento da população com trutas fário ajuda a captar turismo da natureza cumprindo-se assim um dos objetivos do Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho. 

 

No Parque Natural de Montesinho está tudo a postos para receber os pescadores a partir do dia 27 de março. Ontem, cerca de 2500 trutas fário foram repartidas por vários locais e lançadas à água.

“Foram libertadas aqui na ordem das 2500 a 2700 trutas nas duas barragens, no Açude de Cima e no Açude de Baixo para manter a população acima das quotas da pesca”, referiu o presidente da Associação de Caça e Pesca Amigos de Montesinho. Segundo Norberto Garcia, conseguir uma quantidade tão significativa de trutas não é fácil. “O ano passado conseguimos as trutas já nos últimos dias da pesca, em Agosto. Foi uma altura má, os serviços não tinham e foi com muita dificuldade que nos arranjaram, também, cerca de 2500 trutas. Este ano tivemos sorte. A pesca vai abrir 27 de março e neste tempo todo as trutas vão-se habituar e desenvolver as suas defesas naturais para quando se der a abertura da pesca”, adiantou um dos responsáveis.   

Vários meios no terreno, entre jipes e uma carrinha que transportava dois bidões com as respetivas trutas, mais, sensivelmente, seis homens, ajudaram nas operações.

“Estas trutas vieram aqui dos viveiros de Bragança. É uma truta fário, a única que é permitida no repovoamento e com este reforço de pesca pretende-se, dado que estamos num meio natural e numa área classificada, salvaguardar o património genético das espécies autóctones, mantendo a qualidade da oferta, que é o que nós queremos fazer em termos de visitantes que vêm cá pescar”, declarou o presidente da direção da Associação Florestal de Trás-os-Montes, que garante ser tudo certificado, até porque “não há possibilidade neste país de se fazerem reforços ou repovoamentos de trutas que não seja feito pelo Estado e produzidas por eles”.

António Coelho assevera que os visitantes vêm de todo o país, inclusive da vizinha Espanha. “Vêm procurar, obviamente, uma paisagem como esta que é única e, além disso, uma truta indígena, que também o é porque é feita com aquilo que é o material mais puro e mais genético em termos de truta fário, e vêm procurar a oferta, também, da forma como se consegue receber e se sabe receber aqui em Montesinho”, afiançou um dos principais responsáveis pelo repovoamento que ocorreu durante toda a manhã de quarta-feira em Montesinho.

“Com este tipo de procedimento há um envolvimento de todas as pessoas, quer da associação, quer dos sócios, quer das pessoas em geral, que entendem que este tipo de ações captam em termos de turismo da natureza aquilo que, no fundo, é também um dos objetivos do próprio plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho”, concluiu António Coelho, que considera esta iniciativa um excelente motor de desenvolvimento para a região.
 

 


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