O programa Operacional Regional do Norte (ON.2 - o Novo Norte) atribuiu 865 milhões de euros de fundos comunitários, atingindo em 2011 a verba que devia ser atribuída até 2013 com o objectivo de ajudar a ultrapassar a crise económica.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e a Comissão Directiva do Programa Operacional Regional do Norte (ON.2 - O Novo Norte), ambas lideradas por Carlos Lage, reuniram hoje, em Vila Real, para fazer um balanço da aplicação do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) no Douro e Alto Trás-os-Montes.

Carlos Lage salientou que o Programa Operacional (PO) do Norte lidera as aprovações dos PO Regionais nos incentivos às empresas no QREN, com cerca de 85 por cento da sua dotação orçamental comprometida.

A Região Norte tem aprovados cerca de 50 por cento dos projectos e mais de 41 por cento do incentivo relativamente ao total nacional do QREN.

Este facto, segundo o responsável, representa uma \"contribuição para ajudar a ultrapassar a crise\", esperando-se comprometer o valor global disponível até 2011, em vez de 2013 como estava inicialmente previsto.

\"Estamos a dar uma contribuição, nesta fase de recessão da qual não sabemos verdadeiramente quando a Europa e Portugal sairá, para melhorar a capacidade competitiva da economia portuguesa\", frisou.

Carlos Lage reconheceu que alguns dos projectos aprovados poderão não ser concretizados, devido às dificuldades das empresas em conseguir empréstimos por consequência da crise.

No entanto, salvaguardou que se se registarem essas quebras, as verbas serão sempre reabsorvidas pelo Programa Operacional Regional para outros avisos de candidaturas.

O responsável referiu que já foram comprometidos cerca de 200 milhões de euros para a construção de parques escolares do pré-escolar e primeiro ciclo, mais de 300 milhões de euros para a regeneração urbana de pequenos e médios centros de todo o Norte do país, bem como mais cerca de 300 milhões de euros para incentivos à actividade empresarial, designadamente micro e pequenas empresas.

Dos cerca de 1.000 projectos aprovados, 55 foram são referentes às regiões do Douro e Alto Trás-os-Montes, representando 14 por cento do inventivo aprovado no On.2.

\"Estas regiões não se podem queixar relativamente ao programa operacional, pois dos 865 milhões de euros de fundos comprometidos, 225 incidem justamente neste território\", afirmou Carlos Lage.

O responsável acrescentou que existe nestas regiões uma \"certa carência de iniciativa empresarial\", mas sobretudo no que diz respeito a médias e grandes empresas, já que, segundo salientou, as micro e pequenas empresas têm uma participação significativa nas candidaturas aos investimentos.

No Alto Trás-os-Montes destacam-se dois projectos a implementar em Vila Pouca de Aguiar, nomeadamente a construção de uma nova unidade industrial de corte e serragem de blocos de granito e de mármore, bem como de um empreendimento hoteleiro ligado à vertente de saúde e bem estar.

No Douro, destacam-se oito candidaturas que se propõem desenvolver projectos ligados ao turismo, nomeadamente nos concelhos de Lamego, Penedono, Peso da Régua, Tabuaço, Tarouca e Vila Real.



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