Troço nordeste do Douro é «projecto âncora» para o desenvolvimento regional

A reabilitação e manutenção em funcionamento do troço nordeste da Linha do Douro, entre o Pocinho e Barca dAlva, vai custar entre 20 a 25 milhões de euros, de acordo com um estudo de viabilidade económica ontem apresentado pelo chefe da Estrutura de Missão do Douro (EMD).

Falando em Figueira de Castelo Rodrigo, durante uma reunião da Comissão de Revitalização da Linha do Douro, Ricardo Magalhães esclareceu que o montante do investimento se deve à necessidade de grandes intervenções nas obras de artes existentes naqueles 28 quilómetros de via férrea.

\"O estudo abrangeu as intervenções nas quatro pontes, dois túneis, três apeadeiros e duas estações, além das obras de drenagem e dos taludes\", afirmou o chefe da EMD, que também integra a comissão de revitalização da linha, acrescentando que boa parte desse investimento irá compensar a destruição causada pelo abandono e vandalismo a que a linha ficou sujeita nos últimos 20 anos, após o encerramento.

Após \"esta fase de conhecimento\", o próximo desafio da comissão de reabilitação consiste na escolha do modelo de negócio para a concessão e exploração. Para isso, Ricardo Magalhães indica que vão ser solicitadas reuniões à secretaria de Estado dos Transportes, à Refer e à CP, para, em conjunto, se encontrar um modelo de gestão adequado para a exploração da Linha do Douro.

A reactivação do troço nordeste é apontada como um projecto âncora para o desenvolvimento regional, por potenciar o acesso dos turistas a um cenário de património da humanidade e também por pretender conciliar a exploração comercial de passageiros e mercadorias a uma região que Ricardo Magalhães classifica como o «interior do interior».

Por idêntico diapasão, o presidente da câmara de Figueira de Castelo Rodrigo, António Edmundo, que já revelou a disponibilidade do seu município em investir um milhão de euros no projecto, sublinha a importância da participação da Refer e da CP e a necessidade de captar parceiros privados para o negócio. \"Sabemos que há empresários interessados, vamos agora falar come eles\", enfatiza.



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