O canil da Associação Brigantina de Protecção dos Animais foi ontem vandalizado. Os prejuízos estão por calcular. A vedação foi totalmente destruída, assim como a iluminação, quadro eléctrico, vidros e telhas.

Foi este sábado, logo pela manhã, que a responsável pela Associação Brigantina de Protecção dos Animais, Lurdes Gonçalves, teve conhecimento de que boa parte do novo canil, para alojar os animais que recolhem, foi destruído. Quando os voluntários chegaram para começar a trabalhar, com vista a concluir a obra, depararam-se com a vedação derrubada, as vigas de ferro partidas uma a uma, e a rede por terra. Algumas telhas foram retiradas do telhado e o quadro eléctrico foi destruído. No interior o cenário não era melhor: a iluminação foi danificada, as lâmpadas partidas e os cabos arrancados, os vidros das janelas e portas foram praticamente todos partidos.

O montante dos prejuízos está ainda por calcular, mas a responsável da associação acredita que são muito elevados, sobretudo porque será difícil arranjar mais dinheiro, uma vez que lutam com muitas dificuldades económicas, já que se trata de uma associação sem fins lucrativos. O levantamento dos danos já está a ser realizado.

A inauguração do canil estava marcada para o próximo dia 30, mas a data está comprometida.

Lurdes Gonçalves diz ter um suspeito, mas não quis revelar o nome. A associação apresentou queixa na GNR, que está a investigar a situação.

O novo canil foi construído num terreno cedido pela Câmara Municipal de Bragança, onde existia uma velha casa, que foi completamente recuperada. O presidente da Câmara, Jorge Nunes, confirmou que o terreno e os edifícios ali instalados foram cedidos pelo município à associação, e que não há qualquer problema relacionado com a passagem da circular interna de Bragança nas proximidades, nem diferendos com vizinhos, uma vez que a área à volta é da autarquia.

No local foram investidos cerca de 100 mil euros, dinheiro que a associação conseguiu com muito custo, com recurso a créditos bancários, com a colaboração financeira da autarquia, de beneméritos e com o apoio de algumas instituições. Um exemplo: a maior parte da alimentação dos animais é feita com os restos da cantina do Instituto Politécnico de Bragança.

O equipamento vai servir para alojar os 100 cães que actualmente estão no antigo canil municipal, que não dispõem de condições nem de capacidade para receber mais animais.

A nova estrutura pode receber até 500 canídeos. \"Agora vamos ter de fazer tudo de novo\", lamenta Lurdes Gonçalves.



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