O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) está a estudar as sobras alimentares numa das cantinas para encontrar soluções para diminuir o desperdício alimentar que possam ser aplicadas na restauração em geral, divulgou hoje aquela entidade.

Durante mais de um ano, até junho de 2023, o instituto vai recolher dados na cantina alternativa, em Bragança, com o objetivo de perceber quais são os alimentos que mais ficam no tabuleiro ou as refeições com mais sobras para criar ferramentas que possam diminuir este desperdício alimentar.

Este sistema de monitorização está inserido no projeto BIOma, o grupo de Tecnologias Inteligentes dos laboratórios colaborativos MORE e o CeDRI, que desenvolveram o modelo instalado na cantina, como informa, em comunicado.

De acordo com a explicação do projeto, “em poucos segundos, e após cada refeição, o BIOma ‘Smart Monitoring Concept’ recolhe os dados através de fotografias e pesos dos tabuleiros que tornem depois possível o desenvolvimento de algoritmos baseados em inteligência artificial, identificando os alimentos desperdiçados”.

A participação dos utilizadores da cantina “é voluntária”, mas a equipa de investigadores apela e “tem sensibilizado todos a colaborar nesta recolha, de forma a que todos os dias possa ser adquirida o máximo de informação possível”.

O projeto tem o fim previsto em junho de 2023 e os dados recolhidos pelo BIOma na cantina alternativa serão depois processados pelos investigadores do MORE e do CeDRI.

Os investigadores propõem-se “conseguir identificar o perfil do desperdício, ou seja, qual o grupo alimentar que apresenta maior desperdício”.

A informação apurada será enviada “aos responsáveis pela confeção e empratamento para que possam ser feitos alguns ajustes para diminuir, em tempo real, o desperdício alimentar”.

Os autores do projeto acreditam que as ferramentas que daqui possam surgir poderão ser aplicadas “em ambientes de restauração coletiva”.

O BIOma reúne um consórcio alargado de 24 entidades nacionais inseridas na fileira agroalimentar, tais como hortofrutı́colas, vitivinı́cola e azeite, entre outros.

O objetivo é contribuir para maior competitividade e sustentabilidade, com a área da investigação a procurar soluções para essa finalidade.

Foto: IPBClick



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