A noite estava optima, a chuva tinha parado, o frio era ameno, nada que um cacau oferecido pelas gentes do povo não ajuda-se a esquecer.
A festa começou dias antes com a preparação do toro que havia de aquecer os trazeiros na noite mais longa. Foi preciso uma maquina rectroescavadora para transportar o toro de carvalho para o largo da aldeia, que "belo toro" dizia o tio João Calabor, o homem que o ofereceu " parece o Pai Natal".

Dia 31 o almoço foi na casa do povo, cerca de 50 pessoas comeram cordeiro feiro á moda da Sr. Carlos policia, mordomo que tomou este ano a ingrata tarefa de mestre da festa, ele é o responsável, tudo passa por ele, só deseja alegria e "coza o pote". A musica toma conta da aldeia e após o janytar em família toda a gente se reune em volta do toro de madeira que agora arde magestaticamente no meio do povo, que o loha com admiração. Diz o tio João "devia vir aqui a televisão filmar isto", nada melhor para descrever a imensa satisfação toda a gente sentia, entre autotenes e visitantes que eram mais de metades das pessoas da festa, que entretante foi dando em baile ao ritmo da charanga improvisada. Castanhas e cacau quente para todos e de borla, champanhe também não faltou para comemorar as doze badalas de mais um ano que findou. Do euro ninguem falou, não era assunto para ali, entretanto e de mansinho as pessoas foram abandonando a festa, recolhendo a suas casas para acentar os costados, só o toro de madeira continuou toda noite a arder, qual sentinela.
Pelo dia a agitação começou a tomar conta das casas, alguns a regressar a suas casas outros aproveitaram para trabalhar como foi a tomada de posse da Nova Junta de Freguesia, que vai presidir aos destinos da comunidade de França, Portelo e Montesinho, o conjunto das três aldeias que fazem a freguesia.



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