Depois da paragem de quinze dias, devido aos compromissos da Selecção Nacional, o campeonato da II Liga regressou aos relvados, com o Desportivo de Chaves a deslocar-se a Ovar para defrontar a formação da Ovarense, em jogo entre equipas que lutam para não descer de divisão.
Os vareiros foram mais felizes e acabaram por amealhar três preciosos pontos, que lhes permitiram "dar um salto" na tabela classificativa para lugares bem mais sossegados. O Chaves, por seu lado, viu-se ultrapassado pelo Sporting de Espinho e caiu para uma posição mais aflitiva.
No entanto, neste jogo, os flavienses mereciam, pelo menos, o empate. Por um alado, foi demasiado perdulário no capítulo da finalização, por outro, teve em Bruno Paixão, o árbitro do desafio, um sério opositor.
Curiosamente, pertenceram aos transmontanos as primeiras oportunidades para inaugurar o marcador no Estádio Marques da Silva, mas Manduca e Gilmar não conseguiram descobrir o caminho da baliza de Serrão. E seria mesmo a Ovarense a colocar-se em vantagem, com um golo de Armando, aos 14 minutos, depois de um mau alívio da defensiva flaviense. O Chaves reagiu e viria a repor a igualdade aos 28 minutos, com um tento da autoria de Gilmar. O espectáculo decaiu de qualidade, com a bola a ser "massacrada" a meio campo, quando a Ovarense chegava ao segundo golo. Faltavam apenas três minutos para o intervalo e Artur estabelecia o resultado final.
O Desportivo de Chaves procurou reagir, no decorrer da segunda metade, mas os seus avançados eram pouco esclarecidos na hora do remate. Aos 70 minutos surgiu o caso do jogo: Jacques caminhava para a baliza, com tudo para fazer o golo, quando o guarda redes Serrão cortou a bola com as mãos, em lance que pareceu ocorrer fora da sua área. Ficou uma falta por assinalar e a respectiva "punição" disciplinar ao guarda redes, que teria de ver o cartão vermelho, por mostrar. Como se não bastasse, o árbitro auxiliar, João Tomatas, errou demasiadas vezes na apreciação do fora de jogo, invariavelmente em prejuízo dos flavienses.
Até ao final, o Desportivo de Chaves poderia ter mesmo chegado à igualdade, tendo falhado diversos "golos feitos", alguns deles de uma forma perfeitamente escandalosa, como aconteceu com Manduca, já bem perto do final, que a um metro da linha de golo, e com o guarda redes já fora do lance, se "embrulhou" com a bola, não sendo capaz de desferir o remate fatal.



PARTILHAR:

Meias contrafeitas

Centro Cultural de Chaves a concurso