O bispo José Cordeiro conseguiu em apenas dois anos praticamente saldar a dívida da nova Catedral de Bragança, faltando apenas pagar 73 mil euros daquela que é apontada como «o maior sorvedouro de dinheiro» da diocese.

"Há um ano devíamos 650 mil euros, hoje devemos apenas 73 mil euros. Foi um grande salto", disse à agência Lusa o mais jovem bispo de Portugal em funções há dois anos, que herdou o passivo da mais emblemática e polémica obra da Diocese de Bragança-Miranda.

Foram necessárias mais de três décadas e três bispos para saldar as contas que José Cordeiro espera ter totalmente liquidadas "em breve" porque - considera o prelado - a diocese tem "mais que fazer e mais em que pensar e mais ações a desenvolver".

Esta obra foi o desígnio dos 30 anos de episcopado do bispo António Rafael, que ficou conhecido como "o bispo da catedral" por ter insistido em construir uma nova "igreja mãe" na sede da diocese transferida de Miranda do Douro para Bragança há mais de 200 anos.

António Rafael fez a inauguração funcional do edifício, mas deixou a obra inacabada para o sucessor António Montes Moreira, que passou a pasta há dois anos a José Cordeiro.

O edifício carece ainda de alguns acabamentos, mas a principal preocupação, o passivo, está quase ultrapassada, segundo as contas do novo bispo.

Os fiéis, instituições e outros beneméritos têm sido "generosos" em relação aos apelos diocesanos e têm ajudado a aliviar o que José Cordeiro classificou como "uma carga" para a diocese.

Ao longo dos anos, o projeto tem recebido além dos donativos de fiéis, apoios financeiros estatais e municipais.

As contas finais do custo da nova catedral ainda estão por fazer, mas a obra ficará pelo menos no dobro dos 750 mil contos (3,75 milhões de euros) calculados quando o bispo António Rafael lançou a primeira pedra, em 1982



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