A freguesia onde nasce o rio CÎa vai ter um espaço museológico e de informação dedicado à arte rupestre. O objectivo é abrir nos Fóios, no concelho do Sabugal, uma nova «porta» para o Parque Arqueológico do Vale do CÎa (PAVC), situado cerca de uma centena de quilómetros a Norte desta pequena aldeia raiana colada à fronteira espanhola.

\"O museu ficará instalado no nosso Centro Cívico, cuja construção está em fase final, e vai apresentar informação sobre aquele Património da Humanidade, que também é um pouco nosso\", refere José Manuel Campos. Mas não só. O presidente da Junta espera mostrar também alguns achados arqueológicos da zona e contar a história dos povos primitivos da raia.

\"A arte rupestre existe em muitos pontos do vale por onde segue o CÎa até à foz e isso fez com que o povo mais próximo da sua origem tenha decidido instalar um espaço expositivo dedicado à arte dos povos primitivos\", acrescenta. Uma ideia ratificada numa recente visita da directora do PAVC, Alexandra Cerveira Lima, aos Fóios.

Agora, o objectivo é concretizar o projecto a tempo da inauguração do Centro Cívico, prevista para os próximos meses. Outra iniciativa que José Manuel Campos tenciona implementar é ligar a nascente do CÎa com a foz, através da geminação desta localidade raiana com a freguesia de Vila Nova de Foz CÎa.

\"A ideia foi muito bem acolhida pelos nossos colegas, até porque o Centro Cívico vai ter um espaço destinado à venda de produtos locais e regionais onde pretendemos ter produtos de Foz CÎa\", adianta. De resto, José Manuel Campos acredita que será com este tipo de soluções que se contribuirá para \"o progresso e desenvolvimento, quer nos aspectos económicos, culturais e turísticos, de um interior esquecido, onde fecham as escolas e abrem os lares da terceira idade\".

A freguesia conta actualmente com cerca de 450 habitantes, cujas principais actividades económicas são a agricultura, o comércio, a pastorícia, a truticultura, a produção de castanhas e a transformação de carnes.



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