A Direcção-Regional de Agricultura de Trás-os-Montes (DRATM) e os agricultores encaram de forma diferente a falta de chuva que está a afectar todo o país. No mesmo dia em que a Federação das Associações Agro-Florestais Transmontanas (FAGRORURAL) exigia ao Governo medidas «urgentes» para combater «uma crise como não há memória», o responsável pela DRATM falava numa «situação satisfatória».

Fernando Martins lembra que há ainda reservas aquíferas no solo e que, actualmente, \"o consumo de água é baixo\", pelo que \"não há razões para entrar em pânico\".

Opinião bem diferente tem Armando Carvalho, o dirigente da FAGRORURAL, que, diz, além da falta de água, a região tem sido afectada pela \"intensa formação de geada\", pelo que a federação exige ao Estado a atribuição de uma ajuda aos custos acrescidos com a alimentação dos animais, que ponha em execução um seguro pecuário e accione o Sistema Integrado Contra a Aliatoriedade Climática\".

De acordo com aquele responsável, milhares de agricultores transmontanos viram as suas culturas afectadas pela falta de chuva.

Em comunicado, Armando Carvalho exigiu ainda um pagamento antecipado das ajudas comunitárias e o não pagamento das contribuições para a Segurança Social.

Para Fernando Martins o cenário é bem menos preocupante, mas, lembra, \"se a falta de chuva continuar em Fevereiro e Março aí as coisas podem complicar-se\".

Uma opinião partilhada pelo director-regional de agricultura de Entre-Douro e Minho. \"Na nossa região, a seca ainda não é um drama\", diz Adelino Portela.

As árvores de fruto estão neste momento a atravessar um período de repouso vegetativo, pelo que, lembra, \"não se exige um grande consumo de água\".

O responsável lembra que o principal problema reside no crescimento das pastagens para os animais.
\"No Sul, a situação é mais grave porque a falta de chuva afecta a produção de cereais, que nós não temos\", diz.



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