Perante a proposta de reformadas normas da RAG, as organizações e pessoas reunidas a 15 de Dezembro em Santiago de Compostela queremos manifestar o seguinte:

O Reintegracionismo é um movimento social com presença ativa e tradição histórica na Galiza. Desde o início da recuperação literária da língua na Galiza existe uma visão e uma prática escrita galego-portuguesa da mesma (partilhada também pelo primeiro presidente da Real Academia Galega e por mais membros dessa instituição) que entende que esta recuperação não é possível fora do âmbito linguístico da Lusofonia.

Desprezando esta realidade, algumas instituições, de maneira pouco transparente, pretenderam fazer uma mal chamada "normativa de concórdia" que não é tal, na qual o Reintegracionismo ficou excluído.

Denunciamos o silenciamento de que continuamos a ser objecto. Independentemente de qualquer reforma que a RAG fizer da sua norma, o minimamente exigível, de acordo com os direitos democráticos e com a igualdade entre as pessoas, será que se reconheça a nossa existência, o qual não sucede hoje, porquanto nem sequer podemos escrever em galego-português em igualdade de condições. Enquanto a visão galego-portuguesa da língua não seja considerada como um interlocutor válido na planificação do idioma, qualquer reforma normativa deixará sem resolver o problema linguístico. Fazemos um apelo a todas as pessoas interessadas na plena normalização idiomática a somarem forças nas posturas que durante muitos anos levam dignificando a língua na Galiza.



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