Terminou segunda-feira, no Tribunal Superior de New Bedford, o julgamento de Attim Almeida, 27 anos, que era acusado da morte de Ryan Aguiar, 24 anos.
O réu declarou-se culpado de homicídio involuntário e foi de imediato sentenciado a oito anos de prisão pelo juiz Richard J. Chin.
O caso remonta a 24 de Junho de 2002. Eram 10:00 da noite. Ryan Aguiar, 24 anos, saiu de casa, no 499 da Rivet Street e entrou no seu Nissan Maxima branco estacionado junto ao passeio, mas não chegou a arrancar. Dois indivíduos aproximaram-se, abriram fogo e fugiram correndo.
Atingido por vários tiros no peito, Aguiar chegou já sem vida ao hospital.
Na manhã seguinte ao crime, um homem encontrou duas pistolas debaixo de uma mesa de piquenique na Rockland Street. Numa das armas foram encontradas as impressões digitais de Manuel Silva.
Silva e Almeida faziam parte de um grupo, o Monte Park Gang, que, alegadamente, disputava o controlo do tráfico de droga no sul da cidade com outro grupo, o gang da Ruth Street, do qual Aguiar era membro.
Cerca de um ano antes, um adolescente chamado Ivandro Correia tinha sido morto a tiro na rua. Era irmão de Manuel Silva e amigo de Almeida, que tem o nome do jovem tatuado no corpo.
Ambos acusavam o gang da Ruth Street da morte de Ivandro.
Attim Almeida e Manuel Silva desapareceram de New Bedford uma semana depois do crime. Almeida foi detido pelo FBI em Outubro, em Filadélfia, onde vivia sob falsa identidade.
A acusação foi conduzida por Raymond P. Veary Jr., promotor de justiça assistente, cuja principal testemunha era Maia Tavares, jovem de 22 anos, de Wareham, que visitou Almeida em Filadélfia pouco depois do crime.
Durante a instrução do processo, Maia disse ao júri que Almeida lhe confidenciara ter morto Aguiar, mas na passada quarta-feira disse ter forjado a história por pressões da polícia.
A jovem recusou testemunhar, alegadamente temendo represálias e o juiz sentenciou-a a um ano de prisão.
Sem o testemunho de Maria, a acusação tinha poucas evidências implicando Almeida na morte de Ryan Aguiar, mas na segunda-feira o réu declarou-se culpado de homicídio involuntário e foi condenado a oito anos de prisão.
Manuel Silva foi detido o verão passado em Atlanta. Ainda não foi julgado.



PARTILHAR:

«Inconstitucionalidade»

Almeida declara-se culpado de homicídio involuntário e é condenado a oito anos