Jogavam duas equipas niveladas na tabela classificativa em que qualquer delas queria a conquista de pontos. Apesar da tarde cinzenta com um pouco de chuva, com o terreno bastante prejudicado pelas águas, este foi um jogo bem trabalhado e de espírito de entrega por parte dos intervenientes.
Começou a partida com ambas as equipas a tentarem conhecer-se, daí o equilíbrio nos primeiros 30', em que a luta se baseava nos meios campos.
O jogo começou então a despertar aos 23', onde Jorginho, na marcação de um livre directo, solicita Roger e este, já em esforço, toca na bola, fazendo esta ir embater no fundo do poste.
Já na resposta, como quem não marca, sofre, o Fão na primeira desatenção da defensiva do Mirandês marca o golo inaugural, através de Toné Gomes, mercê de um passe de um companheiro, aproveitando a que o guarda-redes Tino se encontrava já deitado no terreno. Era, pois, o balde de água fria no terreno e fora dele. Mas, como o jogo ainda não tinha terminado, os homens de Fernandinho puseram mãos à obra e criavam situações delicadas, exemplo disso aconteceu no minuto 32, em que Nené, isolado com a bola, a lança para o lado contrário onde estava Henrique sozinho com o guarda-redes, mas este deixa-se antecipar e permite o corte da bola com a palma da mão, quando já estava deitado no chão o guardião Muchacho.
A perder pela diferença mínima, para o segundo tempo os homens do Mirandês continuavam a dar luta e, logo ao abrir, poderia ter igualado a contenda, não fosse Nené que no penalty recebe mal a bola endereçada por Alves, tocando-lhe na canela, fazendo esta ir passar bem rente ao poste.
O jogo continuava bem vivo, apesar de cada vez mais o estado do pelado ficar muito enlameado, o que prejudicava a equipa que atacava, neste caso o Mirandês, porque a bola ficava presa e não permitia lances de contra-ataque rápidos.
As oportunidades surgiam cada vez mais perigosas, mas o golo tardava em aparecer.
Com espírito de luta, entrega e trabalhos redobrados, o Mirandês finalmente ao minuto 38, na marcação de um canto, Henrique eleva-se mais que os defesas do Fão e, num magnífico cabeceamento, iguala a partida, diga-se, com um golo já bastante merecido.
Nos minutos finais ainda se queriam mais golos, mas também os homens do Fão não queriam perder o precioso resultado para ambas as equipas, em que demonstraram que com esforço, trabalho e luta o resultado pode ser compensado, mesmo que as condições não sejam de todo favoráveis para a prática do futebol.
Da equipa de arbitragem, apenas se salienta o bom trabalho realizado, em que, face ao estado do terreno, não complicou o futebol praticado.



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