No Douro e Trás-os-Montes, as previsões, «até ao momento», apontam para uma quebra na produção de 6%. Mas, segundo os responsáveis locais, esse valor pode vir a ser mais elevado, «entre os 10 e os 12%», afirma Mário Abreu Lima, do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).

Essa situação verificar-se-á \"caso se mantenham as elevadas temperaturas e a falta de chuva, que têm causado stresse hídrico e queima das videiras por excesso de calor\", acrescenta. As zonas mais afectadas são o Douro Superior e o Cima Corgo, onde há mais encostas expostas.

No que toca à qualidade, Mário Abreu Lima considera que \"os dados existentes até ao momento não demonstram que esta vá diminuir\". Além disso, considera que \"a vindima só deverá começar na segunda semana de Setembro e, tendo em conta que os últimos dias têm sido menos quentes, o ano ainda pode vir a ser de qualidade superior ou até de vintage\".

Esperemos que chova durante este mês\", disse. Também Manuel António Santos, presidente da Casa do Douro (CD), está confiante na \"boa qualidade dos vinhos deste ano, já que, ao que tudo indica, a seca apenas tem afectado o tamanho do bago, com uma maturação pouco uniforme, quer no que toca as vários locais, quer às diferentes castas\".

O director da CD lembra que \"as últimas noites têm-se revelado frias e húmidas, o que poderá ajudar muito nesta questão\". Os responsáveis do Douro estão convictos que, face a este decréscimo, \"por natureza, os agricultores privilegiam a produção de Vinho do Porto, que não vai ser afectada, uma vez que os quantitativos estão perfeitamente fixados por entendimento entre a Produção e o Comércio\".

No que toca ao vinho de denominação Douro, Manuel António Santos espera que \"ao produzir-se menos vinhos de denominação Douro, tal poderá aumentar o preço ao produtor, o que é benéfico\".



PARTILHAR:

Candidatura comunitária

Armando Vara ascende a administrador