A câmara de Bragança quer que o primeiro Ministro mande eliminar as portagens da auto-estrada Transmontana «repondo alguma justiça» e cumprindo a promessas feitas anteriormente, divulgou hoje a autarquia

O executivo camarário, liderado pelo PSD, aprovou por unanimidade, na última reunião, segunda -feira, uma deliberação contra o recente anúncio da introdução de portagens em alguns troços da auto-estrada Transmontana.

A posição contou com os votos favoráveis dos dois vereadores socialistas na autarquia.

A nova via ligará Vila Real a Bragança e foi apelidada pelo primeiro Ministro, José Sócrates, de «auto-estrada da justiça» e anunciada sem custos para o utilizador.

O recente concurso público para a concessão contraria esta promessa, anunciado portagens em quatro troços: junto a Vila Real, entre Bragança e Quintanilha, e nas circulares urbanas da duas cidades.

O Governo rectificou, depois, o anúncio, colocando portagens apenas nas duas circulares urbanas.

A deliberação do executivo camarário de Bragança, que será remetida ao Governo e a várias entidades, nomeadamente a empresa Estradas de Portugal, manifesta «total discordância» com esta decisão.

No documento do executivo liderado pelo social-democrata Jorge Nunes recorda-se que «nas grandes cidades do litoral as circulares urbanas com perfil de auto-estrada não são portajadas».

A Câmara de Bragança lembra também «a dívida de séculos que o país tem para com os transmontanos, sendo a construção desta auto-estrada - uma das últimas a construir no país - a reposição de alguma justiça para com os residentes nesta região».

No documento entende-se «como uma medida discriminatória, injusta e contrária às legítimas expectativas criadas» a introdução de portagens, que se considera ainda como «sendo economicamente penalizadora para a região».

O executivo camarário determinou que irá oficiar ao primeiro Ministro «no sentido de mandar a Estradas de Portugal eliminar do anúncio da subconcessão da Auto-Estrada Transmontana a existência de portagens nos lanços».

A distrital e a concelhia de Bragança do PS têm posição diferente dos seus vereadores na autarquia, pois entendem que, junto às duas cidades, os condutores vão ter como alternativa o actual IP4.



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