Não houve sobressaltos, nem sustos, com o sismo de magnitude 4,3 na escala de Richter que, cerca das 7.18 horas de ontem, se sentiu na região de Bragança.

O Instituto de Meteorologia registou o referido abalo sísmico, cujo epicentro foi localizado em Espanha, na região de Léon, a 85 quilómetros a noroeste de Bragança. No entanto, a maioria dos brigantinos não deu por nada, pelo que não tiveram sequer tempo para entrarem em pânico ou ficarem preocupados.

Alguns só tiveram mesmo conhecimento do ocorrido pelos noticiários das televisões à hora do almoço. Ficaram espantados, mas seguiram a sua vida normalmente, num ferido que deixa a cidade pouco movimentada.

Ninguém chegou a sair de casa para procurar refúgio nas ruas. \"Eu já estava a pé, mas não dei por nada, só soube pelas notícias\", referiu Maria de Jesus, residente no Bairro dos Formarigos em Bragança.

Maria Teresa, de 58 anos, foi das poucas pessoas que se aperceberam da situação. Primeiro, estranhou, porque não sabia se era só uma impressão sua. Depois, acabou por concluir que era mesmo um tremor de terra, mas não se preocupou muito. \"Ouvi um barulho esquisito que me pareceu a terra a tremer, fui espreitar, mas já não senti mais nada, foi tudo muito rápido, pelo que voltei para a cama tranquila\", narrou a brigantina.

Este foi um dos sismos com mais magnitude que se registaram na Rede Sísmica do Continente este ano. No entanto, uma fonte do Instituto de Metereologia referiu, ao JN, que \"o abalo se enquadra na actividade sísmica normal da Península Ibérica\" e que não houve relatos de vítimas, nem danos materiais. Os Bombeiros de Bragança também não tiveram registo de quaisquer danos de pessoas ou bens, nem chamadas a pedir informações sobre a ocorrência.

Ao longo do dia não ocorreram mais réplicas, mas a hipótese não foi excluída pelo Instituto de Meteorologia. A mesma fonte adiantou que, \"nestas situações, às vezes ocorrem réplicas de menor intensidade\".



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