O município de Macedo de Cavaleiros tem para 2022 um orçamento com menos quatro milhões de euros para investimentos em que se destaca a continuidade de “grandes obras” já iniciadas neste concelho do distrito de Bragança.
As grandes opções do plano e orçamento para este ano definidas pelo executivo municipal liderado pelo socialista Benjamim Rodrigues foram aprovadas com dois votos contra e 19 abstenções entre a oposição na Assembleia Municipal.
A autarquia transmontana estima investir cerca de 29 milhões de euros, menos quatro milhões do que em 2021, ano em que o valor do orçamento foi justificado com obras de fundos comunitários, a maior parte das quais estão em execução e correspondem à maior fatia dos valores orçamentados para 2022.
“Obras estruturantes muito caras”, como salientou o presidente da câmara, Benjamim Rodrigues, nas quais a autarquia irá concentrar o maior esforço financeiro, na medida em que, além do financiamento comunitário assegurado, exigem também investimento municipal.
Entre estas obras estão o interface modal ou a reestruturação do mercado municipal.
Além das chamadas “obras estruturantes”, o autarca garantiu que o orçamento tem cabimento para outro tipo de investimentos, nomeadamente nas áreas da educação, acessibilidades, turismo ou desenvolvimento económico.
A oposição social-democrata optou pela abstenção na votação, justificada por “seis freguesias não serem contempladas com qualquer investimento, cinco das quais são do PSD”, segundo o eleito José Madalena.
O município de Macedo de Cavaleiros vai continuar a aplicar, em 2022, a taxa mínima do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), cobrando aos munícipes 0,3% de uma taxa que pode ter um valor máximo de 0,45%.
A autarquia volta a ficar com 1% do Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) cobrado no concelho, depois de em 2021 ter devolvido a totalidade dos 5% a que tem direito aos contribuintes, e que, em 2022, receberão o correspondente 4%.