O Natal é a \"festa dos rapazes\" em algumas aldeias da zona da Lombada, no Nordeste transmontano, onde para as raparigas sobram apenas algumas \"chocalhadas\" das muitas picardias permitidas nesta quadra.

A partir da \"noite da consoada\" e até aos \"Reis\", aos jovens homens tudo é permitido, disfarçados dos tradicionais \"caretos\", sob a protecção de uma máscara e dos fatos garridos e farfalhudos, feitos de retalhos de mantas velhas.

A máscara de madeira, lata ou couro é a principal aliada dos rapazes, garantindo-lhes a desinibição necessária para dizer o que lhes apetece, entrarem em casa do vizinho, abraçarem novas e velhas, meterem-se com toda a gente.

Indispensáveis para completar o disfarce são os ruidosos chocalhos, com que \"atormentam\" as raparigas e se fazem ouvir pelas ruas das aldeias ou rematam uma mordaz quadra sobre os deslizes cometidos durante o ano.

Na manhã do dia 25, ninguém escapa à troça dos rapazes que, de uma forma bem humorada, relatam em versos na praça pública, um qualquer desvio ou comportamento que não caia bem à comunidade.



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