Decorreu ontem na sala de Atos do município de Bragança, a apresentação do livro “Ferrovia em Trás-os-Montes - Memória do passado, luta do presente” da autoria de Jorge Nunes, ex – presidente da Câmara de Bragança, com a sala superlotada de gente e com a presença de inúmeras figuras públicas, presidentes de câmara e a Secretária de Estado Isabel Ferreira.

Na abertura da sessão o atual presidente da câmara de Bragança, Hernani Dias considerou que: “A Ferrovia é, no presente, apenas uma memória do passado do povo do Nordeste Transmontano”, enaltecendo que “o Município, e diversas outras instituições, têm lutado contra o isolamento e empobrecimento a que a região tem sido vetada pelo governo central, sobretudo ao nível da Ferrovia”.

“A obra hoje aqui apresentada é importante na reivindicação dos interesses da região, colocando no mesmo plano aquilo que a ligação ferroviária trouxe de importante no passado, a estagnação provocada pela sua ausência no presente e os benefícios que nos poderá trazer no futuro”, sublinhou.

A apresentação contou, também, com a presença de Fernando Almeida Santos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando de Sousa, investigador e coordenador do Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, e António Lopes, o editor.

Na sua intervenção, Jorge Nunes que fez uma resenha do livro, que ao longo das 445 páginas, nos apresenta a história da ferrovia desde em Trás-os-Montes 1850 até ao encerramento já na nossa lembrança.

O livro retrata de uma forma exaustiva toda a história das diversas linhas do comboio da região, dos seus protagonistas, desde a construção, à exploração por décadas, ao encerramento e remoção dos carris, secções museológicas, num livro iniciado em 2014 e que reúne toda a informação sobre a ferrovia devidamente documentada e ilustrada.

Jorge Nunes defende que o regresso da ferrovia a Trás-os-Montes e a sua ligação à Europa, se justifica também, pela “luta das alterações climáticas em primeiro lugar, e em segundo lugar pela dimensão das questões de natureza regional e de coesão e da competitividade da região norte, como principal exportadora do país”.

Um terceiro argumento, vertido no livro é: “seria impensável que Bragança e Vila Real, fossem negativamente discriminadas” no plano rodoviário Nacional.

A todos os presentes foi oferecido um livro assinado. De referir que se vão seguir mais apresentações, nomeadamente já no dia 8 em Vila Flor, às 14.30h, no Parque Municipal, no dia 9 de julho em Duas Igrejas, pelas 17h00 na Estação ferrovia e no dia 14, às 18h, em Macedo de Cavaleiros no centro cultural.



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