Os alunos de enfermagem de Bragança enfrentam grandes dificuldades para terem colocação para estágio em unidades de saúde, disse ontem a secretária do Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros, Carmesinda Martins.

E dá mesmo o exemplo do Instituto Piaget de Macedo de Cavaleiros, que \"funciona com turmas demasiado numerosas e, depois, não têm respostas das entidades de saúde da região, ao nível dos ensinos clínicos para o número de alunos\".

Declarações que deixaram surpreendida a directora do Piaget de Macedo. Helena Shéu revela que, apesar do grande número de alunos que a Escola Superior de Saúde possui, com o conhecimento da Ordem dos Enfermeiros e aprovado pelo Ministério, toda a formação, onde se incluem os estágios, \"tem sido assegurada, com qualidade garantida, quer pela escola, quer pelas instituições de saúde onde os estágios se realizam.\"

A responsável acrescenta que os estágios têm sido realizados desde o início de funcionamento do curso, nas mais variadas instituições e diferentes localizações geográficas, o que só tem contribuído para a referida qualidade. A nível do Nordeste, houve necessidade de fazer alguns reajustamentos, decorrentes das reestruturações dos serviços, sendo que \"as escolas do distrito utilizam as unidades de saúde do Centro Hospitalar do Nordeste com um número de vagas atribuído de forma paritária, ao ponto das vagas não usadas por uma das escolas poderem ser utilizadas pela outra\". Helena Shéu assegura que os alunos da instituição, independentemente do curso que frequentam, \"nunca tiveram qualquer constrangimento ao nível do ensino clínico\".

A reacção às declarações daquela dirigente da Ordem dos Enfermeiros, que chefiou uma delegação que, nos últimos dois dias, realizou visitas às unidades de saúde do distrito de Bragança, com o intuito de tentar perceber que implicações resultaram do encerramento da maternidade de Mirandela e da reorganização das urgências.

Segundo Carmesinda Martins, estas mudanças \"não trouxeram grandes complicações para o funcionamento dos hospitais nem prejuízos para os utentes\". No entanto, em Mirandela, aquela dirigente notou \"alguma insatisfação dos enfermeiros devido à centralização do poder em Bragança\", estando longe das decisões tomadas pela administração do Centro Hospitalar do Nordeste.

A Ordem dos Enfermeiros vai ainda analisar as necessidades de contratação de profissionais desta área, mas só depois de a administração do Centro Hospitalar disponibilizar indicadores existenciais, como é o caso do numero de cidadãos da área de abrangência, da taxa de ocupação e das horas necessárias de cuidados.



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