Em 2009 apenas 150 pessoas recorreram à consulta de cessação tabágica em todo o distrito de Bragança, mas foram realizadas 500 consultas durante o ano. São os utentes da faixa etária dos 30 aos 50 anos quem mais procura este serviço.

O director do conselho científico do Agrupamento de Centros de Saúde do Nordeste (ACES), António Pimentel, admite que o número de utentes que recorrem à consulta é «baixo». «Gostaríamos que mais gente estivesse sensibilizada a deixar de fumar, vamos incentivar os profissionais a falar sobre esta problemática motivando os fumadores a deixar de o fazer», explicou. Mesmo assim, o Nordeste será a primeira sub-região do país a ter um programa estruturado.

Na região Norte há indicadores de uma diminuição relativa do número de fumadores, em parte conseguida devido à nova Lei do Tabaco. O sucesso das consultas de sessão tabágica ronda os 20%, uma percentagem considerada «francamente positiva» por Sérgio Vinagre, coordenador do Programa de Prevenção e Tratamento do Tabagismo da Administração Regional de Saúde do Norte. Nas «Há consultas com números substancialmente maiores, mas isto prende-se muito com a capacidade de os doentes quererem ser tratados», referiu.

Ainda assim reconhece que nestes primeiros dois anos se tratou de uma \"fase de arranque\", porque nesta área o trabalho era insuficiente, fez-se um investimento grande na formação de profissionais para que as pessoas se possam tratar no âmbito dos cuidados de saúde primários. \"Existe uma rede na região Norte o que permitiu a abertura de dezenas de consultas\".



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