A DREN seleccionou quatro projectos empreendedores de escolas. Agrupamento de Escolas de Peso da Régua; Escola Profissional (Pólo de Valença), Escola Secundária de Maximinos (Braga) e Escola Secundária Emídio Garcia (Bragança) eleitas.

No âmbito do Projecto Nacional Educação para o Empreendedorismo, a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), distinguiu entre os 152 candidatados por 32 escolas, quatro projectos que vão representar a região no Seminário Nacional. O apelo ao espírito empreendedor procura distinguir o trabalho de alunos e professores, no desenvolvimento de competências cívicas e curriculares e na promoção de uma cultura empreendedora na e pela escola.

Em Braga, um circuito interno de televisão foi um dos escolhidos para representar o Norte do país, na final nacional de empreendedorismo escolar. Em Valença foi um projecto de rádio e em Bragança o projecto visa o voluntariado para a saúde, tendo a ajuda a idosos como objectivo. Em Valença, a ETAP de Valença espera angariar fundos para comprar novos equipamentos para a sua \\"Rádio Activa\\", através da venda de 50 packs, onde se destaca um CD que inclui quatro temas originais, um hino escolar escrito por alunos e professores do estabelecimento de ensino.

Afonso Castro, Marisa Mesquita, Mariana Fonseca, , Cristina Pinto e Carina Silva são os pequenos porta-vozes do Agrupamento de Escolas de Peso da Régua Eles pensaram em promover a capacidade empreendedora da comunidade escolar para fazer uma boa acção. E se bem o pensaram, melhor o fizeram. Ajudaram um jovem paraplégico a conseguir casa nova, com a ajuda da Acção Social da autarquia. \\"Mas como ainda faltavam os móveis\\", conforme explica a professora de Português, Maria do Carmo Amaral, \\"puseram em marcha um projecto dividido em 25 sub-projectos\\". Professores, auxiliares, alunos dos cursos de adultas, pais e empresários vizinhos da escola, todos aderiram à ideia, que tinha como tema aglutinador o Douro. A ideia passa por promover algo inovador que \\"os ajuda a transformarem-se em homens e mulheres de sucesso, com futuro\\", acrescenta a mesma docente.

Os alunos deitaram mãos à obra e conseguiram atingir a verdadeira transdisciplinariedade.

Produziram e recolheram obras de arte, livros de poemas, de tradições, de lendas, um livro sobre chás e suas propriedades, vasos com ervas aromáticas, produtos manufacturados como bordados e carteiras ou tapetes, decoraram garrafas e garrafões, construíram réplicas de barcos Rabelos, dentro ou fora das aulas e dos atelieres e clubes, mas também bolos, sumos naturais, produtos hortícolas e frutícolas, trabalhos em xisto, entre muitos outros. Até engarrafaram e rotularam azeite, e imagine-se: no grupo que representa a escola até foi produzido vinho, engarrafado e rotulado com a marca \\"Porto Jovem\\".

Os alunos Afonso Castro e Philippe Imbert não se esqueceram sequer de pedir as devidas autorizações ao Instituto dos Vinhos do Douro e Porto. E é quase impossível enumerar tantas coisas que fizeram. Venderam tudo para angariar fundos numa feira/mostra realizada na escola.

E ainda mais: \\"para atrair público fez-se um espectáculo, exposições, trouxeram convidados ilustres, fizeram pinturas faciais (pagas, claro que a causa era nobre).



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