Na Escola do 1.º ciclo de Formarigos, em Bragança, falta tudo. Pequena, para albergar a carga horária exigida, a escola, inaugurada em 2001, só tem duas salas e para receber as cerca de 60 crianças distribuídas pelas quatro turmas, foi necessário transformar o salão de convívio em sala de aula onde a acústica não deixa ouvir os professores e onde as janelas estão sempre fechadas porque a três metros de altura.

Mais a escola não tem refeitório e as crianças têm de tomar, amontoados e sentados no chão, o pequeno-almoço e lanche num corredor exíguo.

Foram estas e outras razões que levaram, ontem, de manhã, pais e encarregados de educação a fecharem o portão do estabelecimento de ensino a cadeado como forma de protesto. Os portões estiveram encerrados entre as 8.30 e as 9.30 horas. Só reabriram com intervenção da PSP.

Pais, alunos e professores estão unidos nas reivindicações. Todos se queixam de que a escola não reúne condições. As crianças permanecem na escola mais de sete horas, mas o edifício só tem duas salas de aula e o salão de convívio, improvisado como sala para o primeiro ano, não tem mobiliário suficiente nem acústica que permita uma audição correcta devido ao eco. Além disso, não tem arejamento porque as janelas estão a cerca de três metros de altura e ninguém consegue abri-las. Os problemas não se ficam por aqui há mau cheiro permanente, que provem da casa de banho, não há refeitório e o pequeno-almoço e o lanche são servidos no corredor. O recreio tem um declive acidentado e é perigos devido a tampas do saneamento salientes.

Na actividade lectiva também há problemas, sobretudo nas aulas de Desporto e Música, que são da responsabilidade da Câmara. No primeiro caso, a actividade não funcionava porque as aulas decorrem no pavilhão municipal e a autarquia não dispõe de transporte às 18 horas e a maioria dos pais forma de ir buscar os filhos. Uma fonte do agrupamento garantiu que aquela actividade vai começar a funcionar entre as 9 e as 10.45 horas, com transporte assegurado pela Câmara.

Em muitos casos os alunos são transportados em autocarros sem acompanhantes, e sem cumprimento das normas de segurança.



PARTILHAR:

PIDDAC «gordo» sem dinheiro vivo

IPB e UTAD