A decisão da Organização Mundial de Saúde em não aconselhar a visita de passageiros e visitantes a Toronto está a ser criticada em vários tons.

O Mayor Mell Lastman e a responsável pelo Departamento Médico da cidade de Toronto, Dra. Sheela Basrur, expressaram, quarta-feira, preocupações e desapontamento, face ao aviso da Organização Mundial de Saúde, que recomenda não se fazerem \"visitas não essenciais\" a Toronto. O Mayor apela veementemente à OMS para reavaliar a sua decisão antes do seu anunciado período de três semanas.

\"Esta não é uma cidade em onda de medo ou de pânico\", disse Mell Lastman. \"Trata-se de uma cidade de 2 milhões e meio de pessoas que está a fazer a sua vida normal. Deixem-me ser ainda mais claro: é seguro viver em Toronto e é seguro visitar Toronto\", asseverou o Mayor.

\"Na minha opinião, os factos não deveriam levar a um aviso de não visita, pelo menos nesta altura\", disse a médica Sheela Basrur. \"PÎr Toronto na mesma categoria de Beijing e outras partes da China é uma má interpretação dos factos. Em Toronto, SARS é especialmente uma doença dos trabalhadores dos cuidados da Saúde e ocorreu na maior parte dos casos em hospitais. A doença não se espalhou pelas comunidades, o que representa uma boa notícia para a cidade e para os passageiros, visitantes e empresários que estão ou não a considerar vir a Toronto\".

Clifford McDonald, do Centro dos Estados Unidos para controle da doença - em Toronto a convite dos funcionários superiores dos serviços canadianos de saúde - esteve igualmente presente na conferência de imprensa, discordando também do aviso de viagens feito pela Organização Mundial de Saúde.

Aquela responsável pelo departamento médico da cidade de Toronto acrescentou ainda que \"de facto, a Organização Mundial de Saúde e os Centros para Controle da Doença, nos Estados Unidos, consideraram, de facto, que os esforços de Toronto e do Ontario, no controle ao vírus da pneumonia atípica, também designada por síndroma respiratória aguda, \"estão a ser exemplares e um modelo para o mundo\".



PARTILHAR:

Meadelo, Lamas

Toronto critica o aviso da OMS acerca da pneumonia atípica