Bragança foi ao início da tarde palco de um assalto estudado ao pormenor que teve como alvo os Armazéns Rosa d`Ouro e que terá envolvido três indivíduos, dois deles com armas de fogo, uma carrinha Mercedes em chamas e um carro de fuga.

 

Hoje, pelas 14h30, o sócio-gerente dos Armazéns Rosa d`Ouro e um funcionário preparavam-se para sair com a carrinha com o intuito de se deslocarem ao banco para depositar o faturação da empresa quando uma Mercedes 220, de cor cinza, parou atrás deles bloqueando a saída. De acordo com Manuel Barros, um terá ficado ao volante, enquanto os outros dois encapuzados, ter-se-ão dirigido à carrinha onde se encontravam de armas em riste.

“Tínhamos acabado de entrar na carrinha para irmos fazer os depósitos ao banco, eles apareceram nesse momento numa carrinha e apontaram-nos duas armas à cabeça, uma parecia uma metralhadora e a outra parecia uma pistola”, recorda, ainda não querendo acreditar naquilo que lhe sucedeu. Apesar de virem encapuzados e vestidos de preto, o responsável acredita que “pareciam indivíduos novos”. “Falaram e pediram para lhes darmos tudo porque levava-mos um saco com dinheiro e um saco com moedas e um deles disse: deem-me tudo, deem-me tudo”, testemunha, acrescentando que não ofereceram qualquer resistência. A PSP terá chegado logo, “em cinco minutos”, depois de um empregado dos Armazéns ter ligado para a polícia.

Em termos monetários, o sócio-gerente não quis entrar em valores específicos, tendo, apenas, referido que se tratava de uma “quantia bastante avultada” aquela que se encontrava na pasta. Apesar do entrevistado não querer precisar o montante em causa, a rádio Brigantia atesta que foram "20 mil euros em dinheiro e ainda cheques". 

Manuel Barros revela que, ainda, conseguiram “tirar a matrícula”. No entanto, esse gesto não lhes adiantou de nada porque a carrinha terá sido encontrada dez minutos mais tarde no S. Bartolomeu "completamente ardida". Ao que parece terão sido os próprios assaltantes a pegarem fogo à carrinha com o intuito de eliminarem quaisquer provas, tendo já, muito provavelmente, um carro de fuga preparado naquele local. “A carrinha devia ser roubada porque nós conseguimos retirar a matrícula e a informação que me deram é que era lá de baixo”, confidencia.

A hora, de acordo com o responsável, não terá sido coincidência. “Eles devem ter estudado alguma coisa, pois chegaram mesmo à hora exata em que nós íamos entregar o dinheiro ao banco”, sublinha ainda, evidentemente, transtornado. Isso e mais o facto do assalto ter demorado “entre um a dois minutos”, na opinião de Manuel Barros, são pormenores que indicam tratar-se de profissionais. “Foi rapidíssimo, ficámos em pânico e não estávamos sequer a acreditar que isto nos estava a acontecer”, exprime Manuel Barros com um semblante carregado, até porque o seguro, para quem já ligou, só cobre perda de mercadorias.   



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