Os 630 alunos da escola secundária Paulo Quintela, de Bragança, vão hoje iniciar um rastreio à tuberculose. A detecção de dois casos da doença entre os funcionários da instituição levou o conselho executivo, em conjunto com o delegado de saúde, a elaborar um plano de prevenção que teve ontem início, com a aplicação de uma prova de tuberculina aos 130 funcionários e professores.

A partir de quinta-feira, as pessoas ontem submetidas ao rastreio vão ser informadas do resultado. Se a prova levantar dúvidas e houver sintomatologia correspondente à tuberculose, será efectuado um exame micro-radiológico e, possivelmente, bacteriológico. Os alunos poderão começar a procurar os resultados dos exames a partir de sexta-feira.

Fátima Valente, coordenadora do Centro de Diagnóstico Pneumológico de Bragança, refere ainda que \"a situação de contágio já não existe e o que tinha de acontecer já aconteceu\". Por isso, defende que não é necessário encerrar a escola e que esta pode continuar a funcionar normalmente. Contudo, explica, o rastreio é uma intervenção de saúde pública que se justifica por ser a situação de dois casos de tuberculose na mesma instituição.

No entanto, garante ainda a responsável, exames efectuados junto da família e amigos mais próximos dos dois funcionários infectados pelo bacilo (considerado o primeiro anel de intervenção) não tiveram nenhum resultado positivo, não havendo assim mais nenhum alerta.

O primeiro caso de tuberculose foi detectado em meados de Dezembro, num professor ligado ao órgão de gestão da escola. Já na pausa lectiva de Natal, apareceu um segundo caso, numa auxiliar de acção educativa. Foi a partir daí, explica Germano Lima, presidente do Conselho Executivo, que foi elaborado um plano de prevenção \"para toda a comunidade escolar\".

A escola elaborou um panfleto com informações sobre a situação e sobre a doença, para entregar a alunos e aos pais. Ontem, cada estudante levou um pedido de autorização a assinar pelos encarregados de educação para poder realizar hoje a prova de tuberculina.

Os dois casos \"perfeitamente isolados\" da doença, adianta também Germano Lima, registaram-se em pessoas que não têm relações familiares ou próximas.



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