Um conjunto de associações de vários países europeus ligadas ao desenvolvimento rural, entre as quais se encontra também a Associação de Desenvolvimento Regional do Alto Tâmega (ADRAT), estão a levar a cabo um projecto que visa a criação de uma nova profissão: a de intérprete da natureza e do meio rural, profissional que se pretende que venha a dar uma resposta qualificada na área do turismo rural, actualmente em expansão.

O projecto é financiado por fundos comunitários, no âmbito do programa Leonardo da Vinci, ligado à formação profissional, e está prestes a terminar a primeira fase: a conclusão do plano curricular do futuro curso. A penúltima reunião de trabalho sobre este assunto decorreu em Chaves no início da semana, altura em que o projecto foi apresentado publicamente, com a presença dos parceiros espanhol e finlandês. Nos dias 18 e 19 do próximo mês, em Léon (Espanha), deverá ser definido o pe-ríodo de duração do referido curso, uma questão que ainda não é consensual.
A segunda fase deste projecto deverá arrancar no próximo ano, altura em que o desenho curricular do curso irá ser testado nos primeiros alunos. Caberá a cada parceiro do projecto desenvolver o respectivo curso no país em causa. Ao que o Semanário TRANSMONTANO conseguiu apurar junto de António Montalvão, da ADRAT, aqui, para já, há quatro hipóteses onde o curso poderá vir a ser ministrado: Escola Profissional, Centro de Emprego, Universidade de Trás-os- -Montes e Alto Douro (UTAD) ou Instituto de Formação Profissional. A avaliação dos conteúdos já definidos e a sua validação caberá a uma instituição externa aos promotores do curso.
Por fim, o grande desafio será a homologação do referido curso pelos respectivos Ministérios da Educação de cada país envolvido.

Formação interdisciplinar
Mulheres serão alvos preferenciais
Os conteúdos de formação dos futuros intérpretes da natureza e do meio rural são diversificados e multidisciplinares. Incluem conhecimentos sobre fauna e flora, arquitectura rural, património artístico e cultural e etnografia. O desenvolvimento rural sustentável, bem como as normas comunitárias relacionadas com o ambiente serão, por exemplo, outras das matérias sobre as quais este novo profissional terá que adquirir conhecimentos. Os principais destinatários serão mulheres à procura do primeiro emprego, seguindo-se jovens desempregados com a escolaridade obrigatória terminada.



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