O Conselho de Administração dos CTT acaba de extinguir a Direcção Comercial de Trás-os-Montes e Alto Douro (DCT), um organismo sediado em Bragança, criado em Dezembro de 1997 para coordenar a estratégia comercial da empresa na região.

A extinção da DCT é apenas o reflexo da política que a empresa está a implementar no país, que resulta na extinção de cinco organismos do género.
Ou seja, em vez das nove direcções comerciais existentes, passam a funcionar quatro. Trás-os-Montes e Alto Douro ficará dependente da Direcção Comercial da Zona Norte, sediada no Porto, ao passo que as restantes áreas do país ficam a cargo das direcções do Centro, Sul e Grande Lisboa.
Numa reunião realizada na passada quinta-feira, o conselho de Administração dos CTT fez cair, duma assentada, as Direcções Comerciais de Trás-os-Montes, Beira Interior, Porto-Minho, Beira Litoral, Lisboa-Setúbal, Grande Lisboa, Alentejo e Algarve. Os serviços até agora prestados por estes organismos passam a ser da responsabilidade das quatro novas direcções.
A DCT dispõe de um quadro de 20 funcionários distribuídos pelos distritos de Bragança e Vila Real.
Ao que o DTOM apurou, os trabalhadores em causa fazem parte dos quadros da empresa, mas não existem garantias quanto à sua permanência na região. Acresce que a rescisão de contratos também espreita, dado que a redução de pessoal é uma das metas do novo Conselho de Administração, recentemente nomeado pelo Governo.

Coordenação à distância

Para além de organizar a parte do atendimento, a Direcções Comerciais visam encontrar soluções à medida das empresas. Até agora, esse trabalho era efectuado por funcionários que se encontravam permanentemente nos distritos de Bragança e Vila Real, sob a coordenação de um responsável, que também exercia funções na região. Com a extinção da DCT, essas tarefas serão orientadas a partir do Porto, através da Direcção Comercial da Zona Norte.
A DCT começou a funcionar em 1998, após a extinção dos Departamentos Postais, em 1992.
Como durante seis anos não existiu qualquer organismo de coordenação na região, a direcção comercial transmontana teve de fazer um esforço redobrado para organizar e melhorar o atendimento nas estações dos CTT e remodelar os balcões da empresa.
Em quatro anos, foram investidos 1,5 milhões de contos na remodelação de 80 por cento dos edifícios da região e iniciada a renovação dos recursos humanos, o que se reflectiu na melhoria do atendimento e redução dos tempos de espera.
Criada na sequência do processo da Regionalização, a DCT cobria 30concelhos, distribuídos pelos distritos de Bragança, Vila Real, Viseu.
Os CTT são uma sociedade anónima participada a 100 por cento pelo Estado, a quem cabe nomear o Conselho de Administração.
O DTOM confrontou o director comercial de Trás-os-Montes, Maurício Vaz, com esta situação, mas este preferiu não fazer comentários.
Os esclarecimentos foram remetidos para o Gabinete de Comunicação e Imagem dos CTT, onde não foi possível obter qualquer esclarecimento em tempo útil.



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