Um dos pilares ainda em construção da Ponte Internacional de Quintanilha, em Bragança, vai ser palco, na sexta-feira, de um simulacro de resgate de acidentados em locais de acesso difícil.

Segundo disse o comandante dos bombeiros do local, José Fernandes, a iniciativa destina-se a testar a capacidade de resposta da equipa de resgate de grande ângulo daquela corporação, preparada para socorrer sinistrados de acidentes em locais de difícil acesso pela altura, profundidade ou em ravinas.

O simulacro, que envolverá os diversos agentes da Protecção Civil e responsáveis pela segurança da obra, ocorrerá num pilar em construção com 40 metros de altura e está programado para sexta-feira ao início da manhã.

A obra da Ponte Internacional de Quintanilha, que ligará a fronteira sobre o rio Maças, começou há quase ano e meio e encontra-se na fase mais crítica, a construção em altura. A ponte tem oito pilares, alguns com quase 50 metros de altura, onde se concentram actualmente os trabalhos, que deverão prolongar-se por mais um ano, de acordo com os prazos de execução.

Desde que a obra começou, registaram-se dois acidentes, o primeiro dos quais foi uma queda em altura na construção de um dos mais baixos pilares, em Agosto de 2006. Um trabalhador ficou ferido num braço e alguns meses mais tarde, em Março, um outro trabalhador perdeu um braço quando ficou preso numa betoneira.

A ponte, aguardada há mais de duas décadas na região, ainda não registou acidentes mortais e está a ter o acompanhamento das inspecções do trabalho de Portugal e Espanha, uma iniciativa inédita.

Os trabalhos são da responsabilidade do consórcio Construções do Tâmega e correspondem ao último troço do itinerário principal IP4, projectado há mais de 20 anos para ligar o litoral, a partir do Porto, a Espanha, na fronteira com Bragança.

O custo da obra é de 16,5 milhões de euros e ligará Portugal e Espanha, na fronteira de Quintanilha, prolongando o IP4 até à estrada nacional espanhola 122, junto à localidade de San Martin del pedroso.



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