As autoridades têm fortes suspeitas da fuga de mais um empresário ligado ao processo das casas de alterne de Bragança. Desta vez, procuram Domingos Celas Pinto, proprietário do bar «Nick Havanna», condenado a sete anos de prisão por crimes de lenocínio (fomento da prostituição com fins lucrativos), auxilio à imigração ilegal, exploração de mão-de-obra ilícita e coacção física.

O empresário terá desaparecido no passado fim-de-semana, uma vez que nos últimos dias foi procurado na sua residência, em Bragança, para ser notificado, ao abrigo de outros processos, e não foi encontrado, avançou, ao JN, uma fonte ligada ao processo. O arguido não estava sujeito a qualquer medida de coacção e havia saído do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira no dia 14 de Fevereiro, dois anos após a detenção, por ter expirado o prazo máximo em que podia estar detido em prisão preventiva. Celas Pinto havia interposto recurso do acórdão do Tribunal de Bragança, que o condenou a sete anos, para o Tribunal da Relação do Porto, que ainda não se pronunciou.

Há mais de duas semanas que é desconhecido o paradeiro de um outro empresário do ramo, Manuel Podence, proprietário do \"Top Model\", que se encontrava em prisão domiciliária mediante o uso de pulseira electrónica - caso que levou o Ministério da Justiça a pedir um inquérito à Procuradoria--Geral da República. O empresário terá pedido a emissão do passaporte na primeira semana de Fevereiro.

Os dois indivíduos foram detidos pela PSP de Bragança na madrugada de 14 de Fevereiro de 2004, durante uma mega-operação que levou ao encerramento das três maiores casas de alterne daquela cidade. O proprietário do terceiro estabelecimento, a discoteca \"ML\", nunca chegou a ser detido, supostamente porque terá fugido do país.



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