Para o Secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, já não faz sentido que os portugueses viajem até Cuba para efectuarem uma simples cirurgia às cataratas, «a não ser que o façam por razões turísticas».

Ironmia de Manuel Pizarro à saída da unidade de saúde de Mirandela do Centro Hospitalar do Nordeste (CHN), que foi escolhido para integrar a listas de hospitais que integram o Programa de Intervenção em Oftalmologia. Pizarro justificou esta escolha com o bom desempenho que a unidade já efectuou durante o ano passado e também porque, desde Abril, a unidade de saúde de Mirandela tem um novo centro de cirurgia de ambulatório.

Com este programa, que decorre até 30 de Junho de 2009, o Ministério pretende combater as listas de espera em oftalmologia, reduzindo para cinco meses a espera para uma consulta e para quatro meses o tempo máximo de espera para uma operação às cataratas. Para que isso seja uma realidade, o Ministério da Saúde vai investir 28 milhões de euros na contratualização, com hospitais públicos, de 75 mil primeiras consultas e 30 mil cirurgias em produção adicional.

O CHN, segundo o presidente da administração, Henrique Capelas, \"propõe-se fazer 350 cirurgias adicionais e mais 900 consultas\". O chefe de serviço a especialidade, Faria Pires, garantiu ao JN que as novas instalações e a recente contratação de mais três médicos daquela valência, vão \"quadriplicar o número de horas de cirurgia\".

Actualmente, na unidade de Mirandela estão mais de 400 utentes à espera de uma cirurgia em oftalmologia, que, em média, aguardam seis meses. Aquele especialista assegura ainda que o tempo médio para uma consulta situa-se nos dois anos, que agora pode vir a ser reduzido para pouco mais de quatro meses.



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«Preocupações e queixas»