O presidente do Chega, André Ventura, afirmou hoje que o partido estará “ao nível do PS e do PSD” em número de candidaturas nas eleições Autárquicas que deverão ocorrer em setembro ou outubro.

“O partido conseguirá um feito que só o PS e o PSD fizeram nos últimos 46 anos, que é concorrer à grande maioria dos concelhos e à grande maioria das freguesias. Podemos dizer hoje que vamos ter uma perspetiva autárquica e uma candidatura autárquica ao nível do PS e do PSD”, afirmou.

André Ventura falava em Bragança na abertura da II Convenção Autárquica do Chega, a primeira da zona Norte, e salientou que “o partido tem dois anos, terá candidaturas superiores às do Bloco de Esquerda e estará equiparado ao nível do PSD e do PS, ao nível de participação em freguesia, câmaras municipais, etc”.

“A nossa perspetiva é clara: nós queremos ser a terceira força política nestas eleições autárquicas e queremos muito que estas eleições autárquicas sejam o primeiro passo para estabilizar e consolidar o partido a nível nacional”, apontou.

Para o líder do Chega, “um bom resultado autárquico permitirá ao partido ter outra base e outra força para lutar contra o processo de legalização que está em curso”.

André Ventura acredita que o Chega “elegerá centenas de autarcas no país inteiro, centenas de deputados municipais, vereadores, ect e isso mostrará a força de um partido que certamente não pode ser, nem poderá ser ilegalizado”.

 

Ventura diz que vai ao tribunal no processo movido por família do bairro da Jamaica

O presidente do partido Chega, André Ventura, afirmou hoje que irá estar presente no tribunal a 10 de maio para responder num processo movido pela família do bairro da Jamaica visada na campanha para as eleições presidenciais.

O líder do Chega reagiu hoje, em Bragança, à notícia avançada pelo jornal Diário de Noticias de que foi processado por sete membros da família residente no bairro da Jamaica, no Seixal, por ter usado uma fotografia em que apareciam junto de Marcelo Rebelo de Sousa para dizer que o Presidente da República preferiu estar com “bandidos” do que visitar os polícias envolvidos num desacato na zona.

A alusão foi feita em janeiro, durante um debate televisivo para as eleições presidenciais, e o julgamento do processo movido pela família em causa está marcada para 10 de maio, o que para André Ventura é motivo de “estranheza” pela rapidez do processo e por alegadamente não ter sido contacto.

“Quero manifestar a minha estranheza enorme por nunca ter sido contactado em relação a este processo, soube hoje também que o parlamento não foi contactado em relação a este processo e aparentemente está marcada uma audiência de julgamento para dia 10 de maio”, afirmou.

André Ventura disse também estranhar “a rapidez com que tudo isto aconteceu e que certamente os portugueses estranharão que outros fiquem sete anos, e oito e nove à espera de decisões, e aparentemente os do André Ventura e do Chega são rapidíssimos”.

“O André Ventura não fugirá à Justiça, enfrentará a Justiça no dia 10 de maio, o que eu disse mantenho exatamente nos mesmo termos, não vou voltar atrás”, declarou, à margem de uma convenção autárquica do partido que decorre hoje, em Bragança.

O presidente do Chega espera “que o tribunal compreenda que vivemos numa democracia e em democracia há liberdade de expressão, também há consequências dessa liberdade de expressão” e estará presente na audiência para “assumir essas consequências da liberdade de expressão”.

“Estranho o momento, estranho a rapidez, estranho a velocidade com que todo este processo foi feito, não fugirei, estarei lá, enfrentarei a justiça a defender que nós não somos racistas, a defender que o que disse foi que o presidente da República tinha preferido estar com bandidos e um deles tinha sido noticiado como bandido e não foi visitar os policias que foram agredidos, mantenho exatamente aquilo que disse”, reiterou.

André Ventura disse ainda que não abandonará a política por causa deste processo e remete para os militantes decisões sobre a continuidade da liderança.

Ventura insistiu que irá repetir o que disse na campanha para as presidenciais.

“Se isso não se puder dizer, prendam-me. Se eu não puder dizer neste país que acho que um presidente da República deve ir visitar polícias e não bandidos, acho que estamos num país errado, se eu não puder dizer que há problemas com minorias em Portugal, acho que já não estamos no país certo”, declarou.

Fotografia: António Pereira



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