O Dia Nacional dos Caçadores pelo Ambiente, em Macedo de Cavaleiros, teve adeptos em Grijó e Vilar do Monte, para benefício da serra de Bornes.

A iniciativa foi proposta pela Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses e na região foi a Federação de Caçadores da 1ª Região Cinegética (FACIRC) que fez chegar o repto às associações de caçadores.

Em Vilar do Monte o desafio encontrou eco, não só nos associados da Associação de Caça do Vilar do Monte e Grijó, como nos jovens da Vimont.
Como resultado, cerca de 40 associados das duas colectividades e de várias faixas etárias juntaram-se num propósito comum: cuidar da serra.

Pouco depois das 8 horas de anteontem, os voluntários começaram a juntar-se no campo de futebol de Vilar do Monte. Um camião e sete carrinhas estavam a postos para percorrer alguns quilómetros de caminhos nas encostas da serra, em busca de lixeiras. Não é preciso procurar muito. Aqui e ali, lá está o lixo, com maior frequência do que era de esperar em zona rural, onde a população vive em simbiose com o campo e natureza, dela retirando produtos significativos para o seu rendimento.

Pneus, televisores e sofás

O que outrora foi conforto urbano, onde o tempo se encarregou de escrever a sua pesada lavra, depois se transformou num fardo sem utilidade, transportado e depositado onde melhor aprouve. Foi assim em dezenas de locais espalhados pela serra (esta, a de Bornes, e outras).

A acção levada a cabo no passado domingo só se concentrou em terrenos das freguesias de Grijó e de Vilar do Monte. Mas o problema dos lixos não se fica por esses termos, como confirmaram alguns dos participantes, que pela sua afeição à caça são bastos conhecedores da serra.

Ainda a manhã não tinha acabado e já as carrinhas estavam cheias, a missão cumprida e o alerta lançado.
O espólio retirado à serra era vasto e numeroso: pneus; televisores; cadeiras e cadeirões; frigoríficos e fogões; sofás e colchões; ferros com formas de cama, guarda-chuvas e plásticos de muitas e variadas cores, formas e dureza, etc.

Foi tempo então de levar essas cerca de seis toneladas de resíduos ao Ecocentro de Macedo de Cavaleiros. Como esta estrutura não está preparada para absorver um volume tão grande de lixo, os resíduos foram levados para uma empresa metalúrgica da cidade de Macedo de Cavaleiros, onde irá ser feita triagem e aproveitamento do metal.

A manhã acabou com um convívio entre os voluntários, que se realizou, em Grijó, no novo edifício que é sede da Associação de Caçadores de Grijó e Vilar do Monte.



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