O Governo espanhol só vai construir uma auto-estrada de ligação Quintanilha - Zamora no ano de 2015, revelou fonte do Ministério das Obras Públicas. A administração rodoviária espanhola dispunha de um projecto de ligação da N122 (San Martin de Pedroso) à Ponte Internacional de Quintanilha com características semelhantes ao IP4.

Em 2004 ainda se procurou implementar um perfil de auto-via compatível com o lanço da A11, entre Zamora e a fronteira portuguesa, mas o gabinete do ministro revelou que essa via só está planeada para \"a segunda metade da próxima década\". Através da resposta dada pelo Ministério a um requerimento de Adão Silva, deputado do PSD, ficou também a saber-se que, devido a \"várias dificuldades\", a administração rodoviária regional espanhola retomou o projecto disponível e avançou com as obras de construção dos acessos à ponte no final de 2006, actualmente em execução, e cujo prazo de conclusão é o final do Verão. O que obrigará os automobilistas a esperarem quase um ano para poder utilizar a travessia. A construção da ponte foi concluída em Outubro de 2007 e vai continuar fechada ao tráfego porque os acessos do lado espanhol estão em curso.

Trata-se de um troço de 2,1 quilómetros que ligará a ponte à N122, cuja obra \"teve alguns insucessos na área das terraplanagens com razões e implicações sobejas para que a administração rodoviária fosse obrigada a suspender os trabalhos e a reequacionar os estudos\", referiu o Ministério das Obras Públicas. Sobre este assunto, a Tutela informou ainda que o processo de requalificação dos estudos e da reorçamentação das obras implica uma tramitação bastante complexa na administração rodoviária espanhola envolvendo pareceres e decisões das estruturas local, regional e central.

No entanto, estarão a ser envidados esforços junto da construtora no sentido de (a custos controlados) anteciparem a conclusão da estrada para o início do próximo Verão. Adão Silva considera a situação \"absurda e de um refinado cinismo para com milhares de automobilistas, que são obrigados a percorrer uma estrada sinuosa gastando tempo e dinheiro\".



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Mais de um milhão de euros

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