Os carteiros de Bragança retomaram hoje uma greve às horas extraordinárias que vai prolongar-se até 30 de Março em protesto contra o frio que dizem passar no centro de distribuição de correspondência.

Segundo disse à agência Lusa a delegada sindical Maria Diegues, os 24 carteiros que fazem os giros na cidade de Bragança fizeram greve às horas extraordinárias entre 15 de Dezembro e 15 de Janeiro, no âmbito de um protesto nacional que decidiram retomar hoje a nível local.
O prolongamento da paralisação deve-se à falta de condições no centro de distribuição, na zona industrial de Bragança, que, segundo a delegada sindical, «parece mais um armazém do que uma repartição».

«Os carteiros trabalham ao frio, ao gelo e à chuva, sem condições, que prejudicam também os utentes, já que chega a acontecer a correspondência ficar molhada quando está a ser carregada nos carros de distribuição», disse.

De acordo com a sindicalista, a administração dos CTT está a proceder à instalação de aquecimento no edifício, mas já não deve chegar a tempo de fazer face às baixas temperaturas que se têm feito sentir na região, agravadas pelo nevão e geada dos últimos dias.

Segundo Maria Diegues, o aquecimento no interior das instalações «não é suficiente».

Os carteiros reclamam também a cobertura do espaço exterior onde é carregada a correspondência e a reparação do sistema de esgotos, que, de acordo com a delegada sindical, lança maus cheiros.

Segundo disse, «as baixas temperaturas congelam ainda as canalizações, que se encontram demasiado à superfície, o que faz com que falte a água com alguma regularidade».

A delegada sindical afirmou que os carteiros não vão desmobilizar da greve até a administração dar resposta a todas as suas reivindicações.

Garantiu, no entanto, que a paralisação não acarretará consequências na distribuição da correspondência aos utentes, visto resumir-se às horas extraordinárias.



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