Em Mirandela, os armazéns ainda poderão receber o cereal da presente campanha, fruto de um protocolo que foi estabelecido entre a EPAC Comercial e um empresário local.
Esta é, contudo, uma solução transitória, dado que o protocolo de prestação de serviços de armazenagem celebrado entre a EPAC e o empresário Joaquim Teixeira termina a 31 de Outubro, altura em que deverá estar concluído o processo de venda das instalações mirandelenses. O protocolo, no entanto, é visto como uma tábua de salvação para os produtores que já não sabiam onde depositar o cereal. Certo é, contudo, que até final do ano a comissão liquidatária da EPAC Comercial quer alienar a totalidade do património a nível nacional. O processo de venda, aliás, só não está concluído porque houve alguns compassos de espera na aprovação do decreto que determina a liquidação da EPAC Comercial.
Após a extinção da Empresa Para a Agroalimentação e Cereais, foi criada a EPAC Comercial, cuja liquidação foi decidida em Assembleia Geral em 31 de Maio do ano passado. Na altura o silo de Bragança já se encontrava a funcionar meio-gás, ao passo que as unidades de Miranda do Douro e Mogadouro já haviam sido vendidas.
A agonia da EPAC Comercial resulta da liberalização do mercado de cereais e da concorrência de países estrangeiros, em especial Espanha e França, que conseguem vender directamente o produto em Portugal a preços mais reduzidos.
Com o fim da EPAC, os preços de venda de cereal deverão cair ainda mais, dado que a empresa tinha uma função reguladora em termos de mercado.



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