De acordo com a Associação Portuguesa dos Nutricionistas existem apenas 4 nutricionistas para os 12 Centros de Saúde do Distrito de Bragança. Para os responsáveis da APN, esta é uma situação grave tendo em conta a importância que os nutricionistas têm na promoção da saúde e prevenção da doença.

Numa altura em que a Obesidade é considerada pela OMS a Epidemia do séc. XXI e que os casos de morte por doença provocada por distúrbios alimentares estão a crescer, a Associação Portuguesa dos Nutricionistas alerta para a urgência do aumento do número de profissionais disponíveis nos Cuidados de Saúde Primários.

A região Norte, apesar de mais favorecida, conta apenas com 38 profissionais para os 101 centros. Por exemplo, na Sub-Região de Saúde de Bragança existem somente 4 nutricionistas para os 12 centros de saúde.

Os dados são da APN, referentes a Maio de 2007, e revelam que para cada 183 mil portugueses existe apenas 1 nutricionista nos centros de saúde.

Segundo a OMS, em 2025, 50% da população mundial será obesa. Em Portugal, os números revelam que 32% das crianças com idades entre os 7 e os 9 anos apresentam excesso de peso, sendo 11% obesas (*1) e 24% das crianças em idade pré-escolar têm excesso de peso, sendo que 7% são obesas (*2). Na idade adulta, os indicadores apontam para 50

O peso da Obesidade para o Estado

A Obesidade constitui um enorme problema de saúde pública e tem consequências económicas bastante elevadas para o País. Em Portugal, segundo os últimos dados de 1996, os custos directos/ano da obesidade absorviam 3,5% do total das despesas de saúde.

Dados mais recentes (2002) revelam que os custos, directos e indirectos, da obesidade custam ao país quase 500 milhões de euros/ano, repartidos entre 82,3 milhões de euros para o tratamento em ambulatório da obesidade e co-morbilidades, 87 milhões de euros para o internamento, 128 milhões de euros para o consumo de medicamentos, 83 milhões de euros em perdas de produtividade associadas à incapacidade temporária e 116,6 milhões de euros em perdas económicas relacionadas com a moralidade prematura.

Assim se percebe por que motivo a obesidade acarreta consideráveis perdas económicas para o País e por que é premente a introdução de nutricionistas nos centros de saúde, profissionais que têm um papel preponderante no combate à doença do século e na prevenção de novos casos. Uma medida simples, com um alcance preventivo, que ajudaria a inverter a tendência da obesidade quer da população portuguesa, quer ao nível das despesas do Estado com a Saúde



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