Filomena Carvalho, a activista e conselheira de saúde feminina recebeu o Prémio Marion Powell 2002, com o seu nome a ficar agora ao lado de cientistas e médicas, anteriormente galardoadas.

Filomena veio de São Miguel, nos Açores, quando tinha 11 anos, tendo trabalhado no Centro de Saúde da Mulher Emigrante durante 22 anos.

De uma humildade a toda a prova, diz entender que o Prémio é mais para aquilo que ela representa. Há 22 anos a ser uma das responsáveis do chamado Immigrant WomenŽs Health Centre, no Kensington Market, tem vindo a ajudar centenas de mulheres emigrantes, em matérias que têm a ver com a saúde sexual e reprodutiva.
Por isso o galardão agora entregue, traduzido numa pequena escultura alusiva e num prémio em numerário de 10.000 dólares.
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A cerimónia, integrado nas comemorações do Dia Internacional da Mulher, decorreu na McGregor Socks, uma fábrica de meias, em gesto simbólico, já que Filomena Carvalho leva a sua acção até às fábricas locais, através de um consultório móvel, onde se dão explicações e conselhos, se anotam anomalias e se luta, afinal, por uma melhoria de vida.
A trabalhar desde 1981 como conselheira de saúde e co-gestora do Centro de Saúde para a Mulher Emigrante, especializou-se em conselhos de saúde sexual, primeiro na comunidade portuguesa, \"para abater as barreiras sistemáticas devido à falta de serviços nas comunidades menos favorecidas\". Filomena incluiu também no seu trabalho assistência em temas como a violência, habitação social, cuidados no tocante ao crescimento das crianças e acessos à saúde.
Carolyn Bennett, médica e deputada federal, fez o anúncio da comissão de selecção do prémio, tecendo considerações pertinentes a propósito de Filomena Carvalho, pioneira em muitos aspectos relacionados com a ida às fábricas a tentar melhorar o estado geral da saúde feminina.



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