A perna de uma mulher adulta, cortada acima do joelho e embrulhada em plásticos, encontrada na passada terça-feira no novo Cemitério Municipal de Bragança, terá vindo do hospital local .

Segundo uma fonte da PSP, o achado macabro foi feito por trabalhadores da Câmara que procediam a trabalhos de limpeza de rotina naquela zona e que alertaram as autoridades. Ainda nessa tarde, estiveram no local elementos da PSP e da Polícia Judiciária de Vila Real.

O membro foi então transportado para o Instituto de Medicina Legal de Bragança, onde estão a ser realizadas análises para tentar descobrir alguma pista que ajude a deslindar o mistério. O saco onde se encontrava a perna também será sujeito a exames, no Laboratório de Polícia Científica.

Entretanto, uma fonte do Hospital de Bragança adiantou ao JN que tudo indica que a perna pertence a uma mulher que foi operada naquela unidade de saúde recentemente.

As autoridades já afastaram a hipótese de se tratar de parte de um cadáver daquele cemitério porque a perna ainda não se encontrava em adiantado estado de composição, nem tinha sinais de ter estado enterrada.

Pela forma como estava embalado, tudo indica que o achado possa ser proveniente de alguma unidade de saúde e que teria sido abandonado no cemitério.

O responsável pela direcção clínica do Hospital, Júlio Novo, referiu que o assunto está a ser averiguado e se está a tentar perceber o que aconteceu e se houve alguma falha.

O procedimento normal relativamente às peças cirúrgicas naquela unidade de saúde passa por entregá-las em contentor selado a uma empresa que trata dos lixos hospitalares. Nos casos em que não é permitida a cremação, os restos são enterrados no cemitério mediante uma autorização camarária. Neste caso, uma fonte da mesma unidade explicou que aparentemente \"não há incorrecção no circuito, mas um procedimento no circuito menos correcto\", isto porque o membro apareceu fora do local próprio.

Fonte da Câmara Municipal de Bragança, explicou que não houve nenhum pedido de autorização para depositar o pedaço de corpo humano no cemitério, situação que levou aquela autarquia a avisar as autoridades.



PARTILHAR:

Outeiro Seco

Cabeda, Cheires, Cotas, Granja