O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) é o anfitrião durante dois dias de um encontro internacional em que estudantes portugueses e espanhóis são desafiados a apresentarem ideias inovadoras que já originarem novos negócios, como foi hoje revelado.

Trata-se do Encontro Internacional de Jovens Empreendedores (EIJE2019) que há seis anos decorre alternadamente de cada lado da fronteira e que este ano acontece em Bragança de hoje até sexta-feira com cerca de 30 novas ideias para serem analisadas e premiadas.

Os resultados deste desafio lançado aos estudantes já são visíveis com negócios instalados, nomeadamente na região de Bragança, concretamente uma unidade de micropropagação de plantas que, a partir de Miranda do Douro, garante aos mercados nacional e internacional exemplares de espécies autóctones de uma forma mais rápida que o desenvolvimento natural.

O exemplo foi avançado à Lusa por Ana Paula Monte, docente no IPB e membro da organização deste encontro internacional.

O evento junta, além do politécnico de Bragança, a Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESCE), o Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa (UCP), do lado português, e a Escola Universitária de Relações Laborais da Universidade da Corunha (ERLAC) e Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais e Faculdade de Direito da Universidade de Santiago de Compostela (USC), em Espanha.

No futuro, outras instituições poderão juntar-se ao evento, nomeadamente o Instituto Politécnico de Viseu e a Universidade de Salamanca, que participam já este ano, em Bragança, na qualidade de convidados observadores.

“Procuramos fazer aqui uma ligação entre a escola e a prática e desenvolver ideias para (os estudantes) criarem o seu próprio emprego”, explicou aquela responsável.

Este encontro é um concurso de ideias com patrocinadores que asseguram o incentivo inicial, que é um prémio de 500 euros às melhores ideias, uma do lado português e outra do lado espanhol.

As ideias que surgem são, segundo Ana Paula Monte, ainda “muito embrionárias” e a academia apoia posteriormente os promotores na análise da viabilidade e no impulso para serem postas em prática.

“Um dos critérios é o potencial que o projeto tem para o desenvolvimento regional e também da criação do próprio emprego porque um dos objetivos que nós temos, aqui no interior, é que venham mais empresas e que os nossos alunos também sejam motores para criar empresas”, sustentou.

Um exemplo é a ideia que um grupo de estudantes do IPB levou ao encontro do ano passado, na cidade espanhola de Vigo, e que vingou, como apontou.

Trata-se de um projeto que está a ser desenvolvido na zona de Miranda do Douro na área da micropropagação de plantas.

“Pegam numa árvore e criam novas árvores, são técnicas da área agroflorestal, não há muitas empresas em Portugal a fazer isso, há muita necessidade, por exemplo de criar castanheiro e é uma forma mais rápida de gerar novas árvores e vendem para os mercados nacional e internacional”, explicou.



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