Mais uma vez, o acto eleitoral agendado para a próxima segunda feira teve que ser anulado, em virtude de não terem surgido listas candidatas à sucessão directiva no Desportivo de Chaves dentro dos prazos estipulados. Por isso, a crise parece estar ainda longe do fim.

Mas, uma luz surgiu em todo este processo, já que a solução para a crise poderá ser conhecida na segunda feira. Fontes próximas de Castanheira Gonçalves, ex-presidente do Desportivo, garantem que este tem equacionado a hipótese de avançar para a presidência da SAD, no caso de esta vir a ser aprovada em moldes financeiros compatíveis com as possibilidades económicas do clube e da região. Uma possibilidade vista com bons olhos e que poderá ser mesmo a última hipótese de viabilidade do clube.

Valentim "ao barulho"

Entretanto, esta semana vieram também a público notícias de que Valentim Loureiro, presidente da Liga, poderia ajudar financeiramente o Desportivo de Chaves. Mas, tudo não passou de um mal entendido. O Presidente da Assembleia Geral, Branco Teixeira, garantiu que essa informação lhe tinha sido dada por Baltasar Ferreira, que terá afirmado que, numa reunião mantida com o presidente da Liga e com o conhecido empresário Joaquim Oliveira, estes ficaram sensibilizados com a situação actual do Desportivo de Chaves e prometeram ajudar o clube. No entanto, mal essas notícias vieram a público, Valentim Loureiro apressou-se a desmenti-las, facto que levou Branco Teixeira a emitir um comunicado público, pedindo desculpas ao major por toda a situação gerada à volta do assunto.

Jogadores preocupados

Sem conhecerem ainda o seu futuro e colocando todas as esperanças na Assembleia Geral agendada para segunda feira, os jogadores do plantel do Desportivo de Chaves, que não recebem os seus ordenados há cinco meses, vão tratando do seu futuro e procurando soluções para a continuidade da sua carreira desportiva que, em muitos casos, não passa pela continuidade em Chaves.

O francês Jean Pierre e o ganês Commodore são faces visíveis do "desespero" que tomou conta dos jogadores do Chaves. Jean Pierre, que tem família em França, garante estar a ficar "psicologicamente afectado". Perante a situação, o francês equaciona mesmo a hipótese de, em último recurso, apresentar o caso à FIFA, pois, como garante, não tem " um centavo no bolso". O avançado sublinha mesmo que, em quatro épocas a jogar em Portugal é a primeira vez que tal acontece.

Em situação semelhante está também Commodore, que não admite regressar aos Estados Unidos, onde está a família, sem antes receber o dinheiro a que tem direito. O ganês, que ainda nem sequer conhece a filha que nasceu há pouco tempo, admite também estar a "dar em doido", garantindo que tem que pedir dinheiro emprestado para poder sobreviver.

Entretanto, são já dadas como certas as saídas de Alexandre e Jacques, dois jogadores que na próxima época irão representar o Rio Ave, clube que se reforça para regressar à I Liga. Lino é outro dos jogadores que poderá estar de saída, já que tem na sua posse vários convites, alguns de clubes da I Liga. O futuro do lateral esquerdo flaviense poderá mesmo estar longe do Desportivo de Chaves, embora o jogador sempre vá dizendo que preferia continuar em Chaves. Em situação semelhante está o também defesa esquerdo Kasongo, o médio João Alves e o avançado Manduca que, muito em breve, poderão conhecer novos destinos na sua carreira futebolística.



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